A Contraf-CUT participou como convidada do Seminário das Redes Sindicais
em Multinacionais Alemãs e Brasileiras, realizado nos dias 12 e 13, no
Hotel Braston, em São Paulo. O evento integrou o Projeto de Promoção de
Direitos Trabalhistas na América Latina, uma parceria da CUT,
Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), Confederação Nacional
dos Químicos (CNQ-CUT), Instituto Observatório Social e DGB (central
sindical alemã).
A abertura do encontro contou com a presença do secretário de Relações
Internacionais da CUT, João Felício, e dirigentes das demais entidades
que integram o projeto. “Precisamos casar a atuação internacional da CUT
com o trabalho das redes sindicas das confederações, a fim de
potencializar a organização e a luta global dos trabalhadores e avançar
na defesa dos direitos e das conquistas”, destacou Felício.
Troca de experiências – Um painel abordou a importância da criação dessas redes para a
estratégia sindical da CUT e dos ramos de atividade, sob a coordenação
do diretor da Contraf-CUT e representante da Secretaria de Relações
Sindicais da CUT, Ricardo Jacques.
Participaram o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr,
o secretário de Relações Internacionais da CNQ-CUT, Fábio Lins, o
secretário-geral da CNM-CUT, João Cayres, e a secretária de Relações
Internacionais da Contracs, Lucilene Binsfeld.
Ademir destacou a experiência dos bancários na América Latina desde 2001
e hoje contam com seis redes sindicais de bancos internacionais em
atividade: Santander, HSBC, BBVA, Banco do Brasil, Itaú e Scotiabank.
“Além da troca de experiências, já realizamos diversas reuniões e
mobilizações conjuntas, campanhas e tentativas de negociação, jornais
unitários em português e espanhol”, apontou. “E temos um acordo marco
assinado com o Banco do Brasil, em 2011”, destacou. “Mas ainda há muito o
que fazer e avançar”, avaliou.
Ele também salientou “a importância da organização nacional da
categoria, que abriu caminho para a conquista da convenção coletiva
nacional de trabalho dos bancários, que está completando 20 anos e é
válida para trabalhadores de bancos públicos e privados de todo país”.
Os dirigentes da CNQ-CUT, CNM-CUT e Contracs apresentaram as
experiências tanto de redes nacionais, uma vez que os setores químico,
metalúrgico e comércio ainda não possuem convenções coletivas nacionais
de trabalho, e internacionais, sendo que têm acordos marcos globais como
o do Carefour.
Redes dos químicos e metalúrgicos – Houve uma exposição dos resultados de avaliação externa feita pelo
Instituto Paulo Freire dos cinco módulos de formação que foram
realizados este ano com representantes das 11 redes sindicais dos ramos
químico e metalúrgico:
– químicos: Schott Brasil; CBC – Companhia Brasileira de Cartuchos; Knauf; Henkel; e Braskem.
– metalúrgicos: Vallourec Mannesmann; WEG Equipamentos Elétricos; Leoni Automotive Brasil; Andreas Stihl; e Thyssenkrupp.
Alex André Vargem, integrante da Equipe da Educação Cidadã do Instituto
Paulo Freire, fez uma avaliação positiva dos trabalhos desenvolvidos em
2012.
O representante do Observatório Social, Hélio da Costa, apresentou a
linha base do projeto que está em andamento, resgatando o quadro de
situação em que se encontravam os trabalhadores e a atuação das 11 redes
que participam.
Conclusões – Conforme Ricardo Jacques, “o seminário apontou as perspectivas para 2013
e 2014, com a definição de um plano de trabalho para o próximo período
para cada rede”.
“Ainda foram discutidos e definidos o calendário da nova turma para o
curso de formação para 2013, o cronograma de reuniões das redes, a
estratégia de agendar reuniões de negociação com as empresas envolvidas
nas redes e a elaboração de boletins de informação para os
trabalhadores”, conclui o representante da CUT.