Audiência com o BB na Superintendência do Trabalho discute compensação dos dias parados na greve

Em
audiência na Superintendência Regional do Trabalho (SRT) nesta
terça-feira, dia 20, os representantes regionais do Banco do Brasil
garantiram ao Sindicato que os abusos cometidos na compensação das
horas paradas durante a greve serão examinados caso a caso. “É
importante que os bancários nos informem sobre qualquer tipo de
pressão e abuso, para que a gente possa encontrar uma solução com
o banco ou encaminhar as denúncias à Justiça do Trabalho”,
afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Em
audiência na Superintendência Regional do Trabalho (SRT) nesta
terça-feira, dia 20, os representantes regionais do Banco do Brasil
garantiram ao Sindicato que os abusos cometidos na compensação das
horas paradas durante a greve serão examinados caso a caso. “É
importante que os bancários nos informem sobre qualquer tipo de
pressão e abuso, para que a gente possa encontrar uma solução com
o banco ou encaminhar as denúncias à Justiça do Trabalho”,
afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Com relação
aos cancelamentos de férias, licença-prêmios e outros afastamentos
já agendados, os representantes do banco afirmaram que estavam
seguindo orientação nacional da empresa e que não poderiam alterar
as regras contidas nas Instruções Normativas. E ficaram de
apresentar ao Sindicato, em nova audiência nesta sexta-feira, 23,
uma lista com o nome dos funcionários que têm férias ou
afastamentos programados para novembro e dezembro, além da relação
de horas compensadas até lá.

A audiência de conciliação
foi realizada a pedido do Sindicato, em reunião no dia 30 de outubro
com a Superintendência Regional do Trabalho (leia aqui). As
irregularidades cometidas pelo banco durante o processo de
compensação das horas paradas durante a greve também já foram
objeto de várias discussões com a Superintendência Regional e
Gerência de Pessoas (Gepes), além de representantes do CSO e CSL
(Centros de Suporte Operacional e Logístico) do banco.

Além
de Jaqueline, o Sindicato foi representado na audiência da SRT pela
secretária da Mulher, Sandra Trajano, e o secretário de Formação,
João Rufino.

Acordo é pra cumprir –
Segundo acordo
assinado pelo banco e pelo Sindicato, as horas paradas na greve não
podem ser descontadas em hipótese alguma e devem ser compensadas até
o dia 15 de dezembro, de segunda a sexta (exceto feriado), em no
máximo duas horas diárias.

Após este período, todas as
horas remanescentes serão anistiadas, conforme prevê a Cláusula
56ª da Convenção Coletiva de Trabalho. “Não se trata de punição
pelo exercício do direito de greve. Tem de haver bom senso nesta
compensação, que deve ocorrer de acordo com a disponibilidade do
trabalhador e a necessidade do banco”, afirma Jaqueline.

No
entanto, contrariando o acordo, o BB editou normativo interno em que
determina a suspensão unilateral da concessão das férias que já
haviam sido anteriormente programadas, deferidas e comunicadas. O
normativo determina: “Os afastamentos abonados previstos até
15.12.2012 (abonos, férias, licença-prêmio) deverão ser
reavaliados, priorizando o pagamento do saldo de horas extras
referente aos dias não trabalhados”.

Nacionalmente, a
Contraf-CUT (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro)
entrou com representação no Ministério Público do Trabalho (MPT)
contra o Banco do Brasil denunciando a instituição por prática
antissindical, má-fé e por perseguição aos trabalhadores que
exerceram seu legítimo direito de greve.  


Expediente:
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