Sindicato retoma negociação permanente com a Caixa no dia 8

O Sindicato e Contraf-CUT
retomam no próximo dia 8 de novembro, às 14h30, em Brasília, as negociações
permanentes com a Caixa Econômica Federal. Nesta primeira negociação após a
Campanha Nacional dos Bancários 2012, a discussão estará em torno de
desdobramentos de assuntos que foram contemplados no novo Acordo Aditivo.
 

Entre os pontos de destaque estão o curso EAD para
designado/Cipa e o início do debate sobre Saúde Caixa. O aditivo prevê a
criação de um grupo de trabalho para avaliar o tema. 

Em relação às promoções dos empregados, um dos itens
objetivos no processo de avaliação por mérito é a realização do curso da
Universidade Caixa. “Antes da Campanha Nacional de 2012, os empregados
precisavam cumprir 100 horas e com a mobilização conseguimos reduzir para 70
horas de curso. Mas o que está acontecendo hoje é que, por uma falha do sistema
da Caixa, os bancários não estão conseguindo realizá-las. Não é possível que os
empregados sejam prejudicados por problemas técnicos do banco”, critica
Plínio Pavão, diretor executivo da Contraf-CUT.

Outra conquista da mesa específica foi a garantia de seis
horas por mês dentro da jornada para realização de capacitação pela
Universidade Caixa. “Foi uma conquista, mas ainda precisamos regulamentar
este direito. Portanto, o ponto deve retornar para a mesa permanente”,
salienta o dirigente sindical.

TesoureirosOs tesoureiros
enfrentam condições desumanas de trabalho e até agora a Caixa não apresentou
nenhuma solução. O banco, ao criar o Plano de Funções Gratificadas (PFG) em
2010 para substituir o antigo PCC, resolveu diminuir de 8 horas para 6 horas a
carga horária de trabalho das funções técnicas, mas manteve o tesoureiro,
antigo técnico de operações de retaguarda TOR, com jornada de 8h.

“Ao contrário do que defende o movimento sindical, o
banco não o considerava como função técnica. Como a maioria das unidades possui
apenas um tesoureiro, eles são os primeiros a entrar e os últimos a sair.
Portanto, mesmo fazendo 8h, são obrigados a extrapolar a jornada todos os dias,
quase sempre além do limite legal e na maioria das vezes não as registrando. O
excesso de tarefas é gigante e as pessoas estão no limite”, denuncia Jair
Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que
assessora o Contraf-CUT nas negociações. 

Outro ponto que piorou as condições dos tesoureiros foi o
fato de a Caixa ter colocado esses empregados como responsáveis pelo novo
projeto, o “Bela Agência”. Para o coordenador da CEE/Caixa, “a
iniciativa do projeto é boa. A Caixa destina uma verba para que as agências
contratem serviços de manutenção de pequena monta diretamente, sem depender da
área de logística, simplificando o processo. O problema é que sobrecarregou
ainda mais esses empregados com atividades que não dizem respeito a sua função,
como levantamento das condições da agência, tais como problemas de vazamento,
de jardinagem, com móveis e equipamentos, pintura, piso danificado etc”. 

“O problema dos tesoureiros foi um dos pontos centrais
da negociação com a Caixa na Campanha, e a mobilização de todos, inclusive com
grande participação desses colegas, forçou a Caixa a mudar o seu entendimento e
incluir no acordo uma cláusula em que assume vários compromissos para
solucionar essa grave situação. Estamos pautando o tema na mesa permanente para
pressionar a Caixa a cumprir a cláusula dentro dos prazos previstos”,
acrescenta Jair.



Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi