Sindicato debate com o BB abusos na compensação de horas paradas na greve

O responsável pela Gepes (Gerência de Pessoas) do Banco
do Brasil, Miguel Arruda, garantiu: não há orientação da direção da empresa
para realização de planilhas ou qualquer tipo de metas para compensação das
horas paradas na greve. Muito menos pode haver qualquer tipo de punição para os
que não conseguirem compensar todas as horas. 

Segundo acordo assinado pelo
banco e pelo Sindicato, as horas paradas na greve não podem ser descontadas em
hipótese alguma e devem ser compensadas até o dia 15 de dezembro, de segunda a
sexta (exceto feriado), em no máximo duas horas diárias. Após este período,
todas as horas remanescentes serão anistiadas, conforme prevê a Cláusula 56ª da
Convenção Coletiva de Trabalho.

No entanto, o Sindicato
recebeu várias denúncias, segundo as quais os gestores estão pressionando os
funcionários para que assinem tabelas e planilhas de compensação. O Sindicato
também teve acesso a um Comunicado Interno do banco que distorce os termos do
acordo e afirma, por exemplo, que os empregados são obrigados a cumprir duas
horas a mais até o dia 15.

Ao mesmo tempo em que afirma
que não há orientação do banco para os abusos, Miguel Arruda informou que a
decisão de cancelar férias, licença-prêmio e abonos que já estavam autorizados
foi tomada por conta do
Normativo Interno nº 361, que contraria
flagrantemente o que foi assinado na Convenção Coletiva de Trabalho. 

Segundo um dos itens do normativo, “os afastamentos abonados previstos até
15.12.2012 (abonos, férias, licença-prêmio) deverão ser reavaliados,
priorizando o pagamento do saldo das horas referente aos dias não trabalhados”.
A Contraf/CUT (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) já entrou em
contato com o banco para garantir o cumprimento do que foi acordado.


Ministério do Trabalho –
Nesta terça, 30, o Sindicato se reuniu com a
Superintendência Regional do Trabalho (SRT) de Pernambuco para
 denunciar a violação da Convenção
Coletiva. O superintendente José
Jeferson Thompson Lins demonstrou preocupação com a postura do banco. Nos
próximos dias, o Sindicato vai encaminhar um ofício para a SRT solicitando
audiência de conciliação com o Banco do Brasil (leia mais
aqui).

 

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