O Sindicato voltou a se reunir nesta quarta, 31, com
representantes da Gepes (Gerência de Pessoas), CSO (Centro de Suporte
Operacional) e CSL (Centro de Suporte Logístico) do Banco do Brasil. Nesta
terça, a reunião foi nacional, com a representante da Diref e negociadora do
banco, Áurea Martins, e o representante da Dinop, Rogério Coltrin. Na próxima
segunda-feira, 5, o encontro é com a Superintendência Regional. Todas as negociações
tem como pauta o processo de reestruturação anunciado pelo banco, que atinge setores
do CSO e CSL.

Na briga contra mais este pacote de reestruturação, o Sindicato tem atuado em
duas frentes. A primeira delas é política e busca sensibilizar parlamentares e
governantes do estado quanto aos efeitos danosos deste processo, que prevê a
migração de vários serviços, que hoje são realizados em Pernambuco, para outros
estados.

Neste sentido, já foi feita uma primeira reunião com o senador Humberto Costa e
já foi solicitada audiência com o governador do estado. “Estamos contatando
vários parlamentares e, em um segundo momento, queremos realizar audiências
públicas na Câmara e Assembleia. Desta forma, estamos acatando sugestões dos
próprios funcionários que, em abaixo-assinado, propuseram a realização destas
ações”, afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Também no abaixo-assinado, os empregados propõem que se busque, junto ao banco,
garantias de que, caso não seja possível reverter a reestruturação, os
empregados não sejam prejudicados. E é nesta segunda frente que o Sindicato vem
atuando nas várias reuniões que estão sendo realizadas com a direção do Banco
do Brasil.

Compromissos – Tanto na reunião com
os representantes nacionais quanto com os regionais, foi garantido que as
comissões serão mantidas enquanto durar o processo de migração dos serviços,
que pode se estender por até dois anos.

Enquanto isso, os trabalhadores cujos setores forem centralizados em outro
estado e que desejarem ser transferidos, terão prioridade na manutenção de sua
função. Para os que preferirem ficar, serão garantidas oportunidades de vagas
em cargos semelhantes. Também serão promovidos, segundo os representantes do
banco, programas de capacitação para que os trabalhadores possam assumir
atribuições diferentes.

Outro compromisso assumido foi com relação aos portadores de deficiência  e doenças crônicas. Segundo os representantes
do banco, no processo de relocação serão levadas em conta as necessidades
especiais destes trabalhadores. E garantiram: não há plano de aposentadoria
previsto, nem vai haver qualquer tipo de pressão para aposentar bancários.

O pacote – Segundo a direção da
empresa, os serviços operacionais e logísticos do banco passam a ser realizados
por estruturas denominadas Genops e Cenops, gerências e centros nacionais de
operações. No primeiro, serão realizadas as funções regionalizadas. No segundo,
os serviços centralizados. Nacionalmente, o número de funcionários será mantido
ou até incrementado, já que as Gerências de Operações (Genops) passarão a
funcionar em 27 locais.

No entanto, alguns setores e serviços que, antes, eram realizados em
Pernambuco, migram para outros estados. Já num primeiro momento, as operações e
cadastros da Bahia, que eram centralizados em nosso estado, passam a ser feitas
em Belo Horizonte. Significa, segundo o banco, uma média de 30 a 40% das
operações e cadastros realizadas aqui. Por outro lado, Pernambuco passa a
centralizar a gestão de segurança/análise de fraude.

Situação mais grave é a do CSL, onde os setores de licitação, administração de
contrato, patrimônio e acionamento de mantenedores migram integralmente para
Belo Horizonte. “Na próxima segunda, já temos agendada uma reunião com a
Superintendência para que haja um compromisso de disponibilizar vagas nas
agências. Não aceitaremos, de forma alguma, que os funcionários sejam lesados
por conta de mais uma reestruturação”, afirma o secretário-geral do Sindicato,
Fabiano Félix.