As cooperativas terão um fundo garantidor de crédito. Na terça 30, em
reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou
resolução que estabelece requisitos e parâmetros para o funcionamento de
um fundo garantidor destinado a cooperativas singulares de crédito e a
bancos cooperativos.
“O fundo deverá ser constituído na forma de entidade privada sem fins
lucrativos e terá como associados as cooperativas singulares de crédito
que captam recursos de seus associados e os bancos cooperativos”, diz
nota do Banco Central (BC).
De acordo com o BC, uma vez associados ao novo fundo, os bancos
cooperativos serão desfiliados do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
“O objetivo do novo fundo é garantir créditos de clientes das entidades
do sistema cooperativista e realizar operações de assistência e suporte
financeiro com estas instituições”, acrescenta o BC.
Segundo a instituição, a criação do fundo visa a fortalecer a rede de
proteção já existente, de maneira a contribuir para intendificar o
crescimento que o sistema cooperativista vem apresentando nos últimos
anos. Além disso, de acordo com o BC, a medida vai consolidar o setor
“como alternativa para os usuários de produtos e serviços do sistema
financeiro, além de um eficaz instrumento de inclusão financeira”.
O gerente do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCB), Silvio Giusti, já havia adiantado à Agência Brasil que esperava a
aprovação de resolução do CMN para a criação do fundo garantidor ainda
este mês.
De acordo com Giusti, atualmente há no país 1,2 mil cooperativas. Desse
total, aproximadamente 550 já têm fundos garantidores. A ideia agora é
criar um fundo único. “A criação do fundo vai permitir que o
cooperativismo tenha mais poder de competitividade”, disse Giusti.
Desde 1995, o setor bancário dispõe do FGC, uma entidade privada, sem
fins lucrativos, que administra o mecanismo de proteção aos depositantes
e investidores em caso de intervenção ou liquidação de instituições
financeiras.