O
Comando Nacional dos Bancários se reúne no próximo dia 7 de
novembro, às 15h, com a Fenaban, em São Paulo, para discutir o
projeto-piloto de segurança bancária. O projeto é uma das
conquistas da Campanha Nacional 2012 e é ainda mais especial para os
bancários de Pernambuco, já que os bancos indicaram as cidades de
Recife, Olinda e Jaboatão para a sua implantação.
Segundo a
presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o projeto-piloto visa
testar as reivindicações dos bancários para a segurança das
agências. “Depois de muita pressão, conseguimos arrancar dos
bancos o compromisso de implantar este projeto piloto. A própria
Fenaban indicou as cidades de Recife, Olinda e Jaboatão. Essa
sugestão não foi à toa. A escolha de Pernambuco é resultado de
anos de luta do Sindicato e dos bancários, que garantiu leis mais
rígidas para a segurança bancária em diversas cidades do nosso
estado, com destaque para Recife, onde, de forma inédita no país,
uma série de agências bancárias inseguras estão sendo
interditadas pela Prefeitura”, diz Jaqueline.
Segundo Carlos
Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando
Nacional, a Lei de Segurança Bancária do Recife é referência para
todo o Brasil. Ele acredita que o projeto-piloto vai proteger a vida
de clientes e bancários. “Reivindicamos melhorias na estrutura
de segurança das agências e postos de atendimento, bem como ações
para garantir privacidade aos clientes na hora dos saques, como forma
de combater o crime de saidinha de banco, que tem causado a maioria
das mortes em assaltos envolvendo bancos”, defende
Cordeiro.
Dentre os equipamentos defendidos pelos
trabalhadores, muitos já instalados em várias unidades por força
de leis municipais e da mobilização de bancários, vigilantes e
sociedade, destacam-se a porta giratória com detectores de metais
antes do autoatendimento, câmeras internas e externas com
monitoramento em tempo real fora do local controlado, vidros
blindados nas janelas e fachadas externas, biombos entre a fila de
espera e a bateria de caixas, e divisórias opacas entre os caixas
eletrônicos, dentre outras.
“Também queremos abertura e
fechamento das unidades por empresas especializadas em segurança,
fim da guarda das chaves por bancários e vigilantes, escudo de
proteção com assento para vigilantes e isenção de tarifas de
transferência de recursos (DOC, TED) para reduzir saques e evitar
que clientes sejam alvos de assaltantes”, aponta Ademir Wiederkehr,
secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo
Nacional de Segurança Bancária.
“O projeto-piloto será
uma boa oportunidade para mostrar aos bancos a importância e a
eficiência das medidas que os trabalhadores vêm defendendo contra
assaltos e sequestros, pois não é possível trabalhar em ambientes
inseguros e vulneráveis, expondo a vida das pessoas ao ataque de
quadrilhas cada vez mais atrevidas, aparelhadas e explosivas”,
conclui Ademir.