A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (15) que o decreto que determina a
reserva de metade das vagas de universidades e institutos federais para
alunos de escolas públicas, negros e índios contribui para saldar uma
dívida histórica do Brasil com os jovens pobres. A regulamentação da
chamada Lei de Cotas está publicada na edição desta segunda-feira do
Diário Oficial da União.
“Nosso objetivo, com essa lei, é ampliar
o acesso às nossas universidades e aos nossos institutos federais para
os jovens das escolas públicas, para os negros e para os índios. Essas
universidades e os institutos estão entre os melhores do país e, muitas
vezes, as pessoas vindas das escolas públicas têm dificuldade de ter
acesso à universidade pública”, explicou Dilma.
No programa
semanal Café com a Presidenta, ela destacou que as universidades e os
institutos federais terão quatro anos para implantar a Lei de Cotas de
forma integral, mas que os processos seletivos para matrículas em 2013
já precisam oferecer uma reserva de vagas de 12,5%. “É bom ressaltar que
a lei vale para todos os cursos – inclusive, aos mais procurados, como
medicina e engenharia, por exemplo”, disse.
Dilma lembrou que o
Programa Universidade para Todos (ProUni) é outra possibilidade de
acesso às universidades federais, pois oferece bolsas de estudo parciais
e integrais a pessoas de baixa renda. Segundo ela, 1,1 milhão de
estudantes no país já foram beneficiados pelo programa, que exige um bom
desempenho do aluno no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Quem
não for aprovado no ProUni, de acordo com a presidenta, pode recorrer
ao Programa de Financiamento Estudantil (Fies), que financia as
mensalidades de faculdades particulares. Atualmente, 570 mil estudantes
fazem cursos universitários em todo o país com o apoio do Fies, que
também exige boas notas no Enem. “Quero dar um conselho para os quase 6
milhões de jovens que vão fazer as provas do Enem agora em novembro: que
vocês peguem firme e estudem bastante, porque o Enem pode mudar a vida
de vocês.”