Depois de uma semana de
greve, os bancos romperam o silêncio e entraram em contato com o
Comando Nacional dos Bancários para retomar as negociações. Nova
reunião entre patrões e empregados ficou marcada para esta
terça-feira, dia 25, às 16h, em São Paulo.
A negociação
foi marcada no começo da noite desta segunda-feira 24, quando a
Fenaban enviou ofício à Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) convidando o Comando para uma nova
rodada de negociação.
Para a presidenta do Sindicato,
Jaqueline Mello, a greve forte dos bancários é a responsável pela
retomada das negociações. “Estamos fazendo uma grande
paralisação, a maior das últimas décadas, e os bancos já estão
se sentindo pressionados. Esperamos agora que a Fenaban atenda as
nossas reivindicações nesta terça-feira para construirmos uma
proposta de acordo que possa ser aprovada pelos bancários”, afirma
Jaqueline, que viaja nesta terça a São Paulo para participar das
negociações.
Greve histórica – Nesta segunda-feira,
sétimo dia da paralisação, foram fechadas 9.386 agências e
centros administrativos nos 26 Estados e no Distrito Federal. Em
Pernambuco, a greve segue muito forte, com 87% de paralisação. Ao
todo, cerca de 10 mil dos 12 mil bancários pernambucanos estão
parados.
Os bancários entraram em greve na última
terça-feira, dia 18, depois que as negociações com a Fenaban
entraram num impasse. A última reunião entre bancários e
banqueiros foi realizada no dia 4 de setembro. A única proposta
apresentada até agora pelos bancos prevê 6% de reajuste (0,58% de
aumento real), ante os 10,25% reivindicado pelos bancários.

Veja como foram até agora as rodadas de negociação com a Fenaban
>> Sem avanços nas negociações, bancários marcam greve para o dia 18
>> Negociações sobre remuneração não avançam e continuam na próxima terça
>> Bancários recusam proposta de 6% de reajuste dos bancos
>> Bancos prometem apresentar proposta para as reivindicações dos bancários na 3ª
>> Negociações não avançam e continuam nesta quarta-feira
>> Bancários garantem avanço nas negociações sobre saúde
>> Em luto, bancários suspendem negociações com os bancos
>> Bancos se negam a discutir metas abusivas que adoecem bancários
>> Bancos negam todas as reivindicações sobre emprego na primeira negociação