ARTIGO: Diretor do Sindicato e da CUT analisa greve dos bancários e Correios

Expedito Solaney, secretário de Políticas Sociais da CUT

Começa com muita força as greves Nacionais dos Bancários e
trabalhadores dos Correios. Vamos unificar com petroleiros e demais
categorias e construir uma grande campanha nacional organizada pela CUT
com ato dia 20/09 em São Paulo e 17/10 em Brasília.


As grandes categorias de trabalhadores com data-base no segundo
semestre, como bancários, comerciários, metalúrgicos, químicos e
petroleiros, além dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos (ECT), têm perspectivas positivas de conquistar ganhos acima
da inflação em suas negociações salariais, independentemente da
desaceleração da economia nos últimos meses.


Em 2011, levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostrou que mais de 60% das
negociações tiveram um ganho real médio de 2% acima da inflação.


Em 2012, a expectativa da maioria dos sindicatos é conquistar, no
mínimo, índices semelhantes. Os patrões tem muita gordura nos ganhos de
produtividade acumulados nos últimos anos, além da defasagem histórica
dos salários no Brasil.


O Dieese aponta que as categorias com data base no primeiro semestre
de 2012 conquistaram reajustes salariais acima da inflação. De acordo
com os números, 96,5% dos 370 reajustes analisados no estudo ficaram
acima da inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) do IBGE. Como 3% dos casos tiveram reajustes iguais
aos da inflação a medida no período, apenas 0,5% do total ficou abaixo
do índice. O que anima ainda mais a CUT e os seus sindicatos filiados a
organizar grandes mobilizações neste segundo semestre.


Os metalúrgicos do ABC, sobretudo os da indústria automobilística,
estão numa situação mais confortável, o acordo com validade de dois anos
préve aumento real em torno de 2,5% este ano. Já os metalúrgicos dos
demais grupos no ABC paulista, bem como, os de sorocaba e demais Estados
do país como Pernambuco estão mobilizados uns em estado de greve outros
negociando. A luta é por aumento real dos salários , maior PLR e fim
das demissão imotivad


Os  bancários  deflagarão grande greve nacional desde o dia 18/09 a
proposta de 6% apresentada no dia 28 de agosto pelos banqueiros foi
rejeitada em grandes assembleias pelo Brasil, a greve tá no crescente
com expectativa que os banqueiros aprtesentem propostas para o conjunto
da pauta e um indice decente.


Para se ter uma ideia, o salário mínimo (R$ 622,00) que serve como
parâmetro para maioria dos trabalhadores é quatro vezes menos do que o
necessário com base nos estudos do Dieese. O salário mínimo necessário
para o trabalhador no País deveria ser de R$ 2.519,97, segundo o Diesse,
a fim de suprir as necessidades básica de um casal com 2 filhos. O
valor leva em consideração o preceito constitucional que estabelece que o
salário mínimo deveria ser suficiente para garantir as despesas
familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação,
vestuário, higiene, lazer e previdência.


Mesmo levando em consideração o acordo entre centrais sindicais e
governo de reajuste do salário mínimo a proposta de orçamento federal
para 2013, entregue no dia 30 de agosto, prevê que o salário mínimo seja
de R$ 670,95, uma alta de 7,9% em relação a 2012 o que ainda é muito
inferior ao necessário.

CUT marchou em Brasília


A CUT realizou uma grande marcha na capital federal no ultimo dia 5 de
setembro, conforme resolução aprovada no 11º Concut, ocorrido em julho. O
Dia Nacional de Mobilização foi casado com a grande mobilização da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em defesa da
educação pública e cumprimento da lei do piso.


A Marcha teve o objetivo de potencializar as campanhas salariais do
segundo semestre de 2012 e levou às ruas da capital federal as bandeiras
de luta da classe trabalhadora: Defesa da previdência pública e
solidaria, fim do fator previdênciario; fim das demissões
imotivadas/rotatividade da mão-de-obra-pela ratificação imediata  da
convenção 158 da OIT; redução da jornada de trabalho para 40 horas sem
redução dos salários; reforma agrária e atualização do ìndice de
prudutividade da terra; em defesa da educação pública de qualidade
social – 10% do PIB para a educação, aprovação do Plano Nacional de
Educação (PNE); contra a precarização do trabalho, pela regulamentação
da Convenção 151 da OIT, e a agenda do trabalho decente.

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