Por exemplo, a região em que está localizada a favela de São
Miguel Paulista, na zona leste, que foi incendiada no final de agosto,
teve a maior valorização imobiliária da capital, em apenas dois anos a
alta foi de 214%.
Outras comunidades também estão na “mira” do mercado imobiliário. Na
favela do Morro do Piolho, no Campo Belo, zona sul, destruída pelo fogo
no dia 3 de setembro, o aumento do metro quadrado foi de 117%. Já na
área em que está a Vila Prudente, ao lado do Sacomã, na zona leste, a
valorização foi de 149%.
A pesquisa da FIPE também revela que as áreas que possuem mais favelas
são as que têm menos incêndios. Na zona sul paulistana, nos distritos do
Capão Redondo (com 93 favelas), Grajaú (com 73), Jardim Ângela (com 85)
e Campo Limpo (com 79) não houve nenhum incêndio. Essas áreas aglomeram
mais de 21% das favelas da capital e são as mais desvalorizadas pelo
mercado imobiliário.
Atualmente, São Paulo possui 1.565 favelas, segundo dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU).