O
Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, mais uma vez,
frustraram as expectativas dos bancários e não avançaram nas
negociações específicas da Campanha Nacional, realizadas nesta
sexta-feira, dia 14. Com o impasse, os funcionários dos dois maiores
bancos públicos do país devem reforçar a mobilização para
fortalecer a greve dos bancários, que começa na próxima
terça-feira, dia 18.
Para a presidenta do Sindicato,
Jaqueline Mello, a postura da Caixa e do BB nas negociações desta
campanha está sendo muito ruim. “Os dois bancos não atenderam
nenhuma reivindicação apresentada pelos funcionários em mais de um
mês de negociações. As empresas estão nos obrigando a encarar
mais uma greve, que precisa ser muito forte se quisermos avançar nos
debates específicos com o BB e a Caixa e nas negociações gerais
com a Fenaban”, afirma Jaqueline.
Banco
do Brasil – Na
reunião realizada na tarde desta sexta, o Banco do Brasil não
atendeu as reivindicações dos bancários para o Plano de Carreira e
Remuneração (PCR), para a jornada de seis horas para comissionados,
nem para o plano de cargos e salários. Os negociadores do banco
ainda afirmaram que não irão assinar o instrumento de combate ao
assédio moral.
“Faz um mês e meio que apresentamos nossas
reivindicações ao BB e até agora não conseguimos avançar em
nada. Na reunião de hoje, os representantes do banco apenas
apresentaram propostas para a redução da trava de remoção dos
funcionários da Central de Atendimento de 24 meses para 18 meses, a
inclusão de padrasto, madrasta e enteados para ausências
autorizadas em caso como falecimento ou adoecimento, e a manutenção
das comissões dos escriturários que concorrem à remoção
automática em outras dependências do banco. As propostas são boas,
mas é muito pouco diante da nossa extensa pauta de reivindicações”,
afirma o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix.
Caixa
– A Caixa
também frustrou as expectativas dos bancários na negociação desta
sexta. Sobre a contratação de mais funcionários, uma das
principais reivindicações, o banco propôs ampliar o quadro em mais
três mil bancários para que até o final de 2013 chegue a 95 mil.
“É muito pouco. Nossa reivindicação é que a Caixa tenha 100 mil
bancários até o final deste ano. As condições de trabalho nas
agências estão péssimas e o ritmo das contratações aqui em
Pernambuco está em marcha lenta”, afirma a secretária de Bancos
Públicos do Sindicato, Daniella Almeida, que representou os
bancários pernambucanos nas negociações nacionais.
No que
se refere à promoção por mérito, a empresa propôs reduzir as
horas de curso da chamada Universidade Caixa de 100 para 90. Essa
questão também foi rebatida pelos sindicatos, destacando que o
maior entrave para a realização das horas exigidas é que os
bancários das agências, por conta da sobrecarga de trabalho, não
conseguem fazer os cursos dentro da jornada. Para o Saúde Caixa a
empresa concordou na criação de Grupo de Trabalho com
representantes dos empregados e do banco para a discussão da
destinação do superávit da entidade.