Sindicato realiza assembleia nesta quarta para deflagrar greve

Diante do impasse nas
negociações com os bancos, os bancários de Pernambuco se reúnem
nesta quarta-feira, dia 12, para discutir e aprovar a deflagração
de greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 18. A
assembleia será realizada às 19h, na sede do Sindicato (Av. Manoel
Borba, 564, Boa Vista, Recife).

Depois de um mês de
negociações, os bancos apresentaram uma contraproposta que não
atende as reivindicações dos bancários. De acordo com a presidenta
do Sindicato, Jaqueline Mello, a categoria está indignada com a
falta de avanços nas negociações.

“Temos percorrido as
agências e departamentos dos bancos para esquentar a mobilização
dos bancários e por onde passamos a reclamação é geral. Os bancos
têm batido novos recordes de lucratividade, têm premiado seus
executivos com bônus milionários e na hora de valorizar os
bancários é sempre uma dificuldade enorme. Assim, vamos encarar
mais uma greve e construir uma grande mobilização para mostrar às
instituições financeiras que nós, bancários, queremos que nossas
reivindicações sejam atendidas”, afirma Jaqueline.

Ela
explica que o Sindicato está fazendo duas assembleias antes da
paralisação (nesta quarta-feira e na próxima segunda, dia 17) para
organizar os bancários e cumprir as determinações da lei de greve.
“Estamos respeitando todos os procedimentos da legislação para
não corrermos nenhum risco de a greve ser considerada abusiva.
Agora, vamos para o embate, porque esta é a única linguagem que os
bancos entendem”, destaca Jaqueline.

As negociações –
Após um mês de negociações, as discussões com os bancos chegaram
a um impasse e não há mais nenhuma reunião prevista. Mesmo assim,
o Comando Nacional dos Bancários enviou, na semana passada, carta à
Fenaban reafirmando disposição para o diálogo.

“Se os
bancos quiserem evitar a greve, é preciso retomar as negociações e
apresentar uma proposta que realmente valorize os bancários,
atendendo as nossas reivindicações”, afirma Jaqueline.

Até
agora, os bancos ofereceram 6% de reajuste nos salários e em todas
as verbas, além de alguns avanços nas reivindicações de saúde,
segurança e igualdade de oportunidades. Os bancários querem
reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%), piso de R$ 2.416,38
(equivalente ao salário mínimo ideal calculado pelo Dieese),
participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais
parcela fixa adicional de R$ 4.961,25, além de vales-refeição,
cesta-alimentação e auxílio-creche no valor de R$ 622 cada, mais
segurança e melhores condições de trabalho, com o fim das metas
abusivas e do assédio moral.

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