Protesto dos bancários paralisa todas as agência da Conde da Boa Vista

Um dia antes de mais uma
rodada de negociações com os bancos, os bancários do Recife paralisaram nesta
segunda-feira, dia 3, quatorze agências localizadas na região central da
capital pernambucana. O protesto durou até o meio-dia e parou todas as doze
agências de bancos públicos e privados da avenida Conde da Boa Vista, um dos
principais corredores financeiro do Recife, além do Santander da rua Imperatriz
e do Banco do Brasil da Sete de Setembro. A paralisação também atingiu os
departamentos do prédio administrativos do BNB na Boa Vista.




A paralisação fez parte do Dia Nacional de Luta dos bancários e teve como
objetivo pressionar os bancos para garantir avanços nas negociações desta
terça-feira, dia 4. “Estamos negociando com a Fenaban há um mês e agora é hora
de avançarmos no diálogo para construirmos uma proposta de acordo. Com esta
paralisação parcial estamos mostrando aos bancos que os bancários estão
dispostos a encarar uma greve se for necessário. Esperamos que a Fenaban
negocie com seriedade nesta terça para que a gente possa resolver os impasses
pelo diálogo”, ressalta a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.




Mais uma vez, o protesto dos bancários no Recife foi marcado pelo bom-humor. Um
grupo de teatro marcou presença durante o ato realizado pelo Sindicato em
frente ao prédio do BNB na Conde da Boa Vista, encenando de forma cômica as
mazelas que bancários e clientes enfrentam dentro dos bancos. O Sindicato
também distribuiu abacaxis durante o ato, em alusão às dificuldades que os
bancários têm encontrado na mesa de negociações com a Fenaban.




“A grande marca deste protesto foi a participação dos bancários. Os
trabalhadores das 14 agências paralisadas cruzaram os braços de forma massiva e
se concentraram em frente ao prédio do BNB na Boa Vista. Lá fizemos, pela
primeira vez na história do Sindicato, uma assembleia de rua, onde pudemos dar
todos os informes das negociações, além de esquentar a mobilização dos
bancários neste momento decisivo da Campanha”, conta Jaqueline.




Reivindicações –
 Entre os
principais pontos da pauta de reivindicações dos bancários destacam-se o
reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%), piso de R$ 2.416,38
(equivalente ao salário mínimo ideal calculado pelo Dieese), participação nos
lucros e resultados (PLR) de três salários mais parcela fixa adicional de R$
4.961,25, além de vales-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche no valor
de R$ 622 cada. Os bancários também querem melhores condições de trabalho, com o
fim das metas abusivas e do assédio moral, e mais segurança nas agências e
postos de atendimento.

Na última terça-feira, dia 28 de agosto, os bancos ofereceram reajuste de 6%
(aumento real de 0,7%) para todas as verbas salariais, inclusive a PLR
(Participação nos Lucros e Resultados), além de alguns avanços em relação à
saúde, segurança bancária e igualdade de oportunidades. Em três reuniões
realizadas na última semana, o Comando Nacional dos Bancários deixou claro que
a proposta da Fenaban é “insuficiente” para o fechamento de um acordo. Nova
rodada de negociação ocorre nesta terça, dia 4, às 15h, em São Paulo.

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