O acordo aditivo do
Santander, cujas propostas tinham sido aprovadas pelos bancários
desde junho, será objeto de nova assembleia na próxima quarta, dia
5, às 19h, na sede da entidade (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista,
Recife). Motivo: após um processo de negociação que resultou em
avanços para os funcionários, o banco só entregou os textos do
acordo depois de realizadas as assembleias e incluiu informações
que não haviam sido acordadas.
O objeto do impasse é a
cláusula 9ª, sobre as bolsas de estudo. Na redação apresentada
pelo banco, inclui-se uma fórmula de reajuste que não havia sido
discutida com os representantes dos trabalhadores. Em vez de garantir
aumentos anuais, como vinha fazendo desde 2008, o banco propôs um
congelamento no primeiro ano, em 2013, mantendo o valor atual da
mensalidade em até R$ 410.
Apenas no segundo ano, em 2014,
seria garantido o reajuste de acordo com o índice da Convenção
Coletiva de 2013. “Além de ser um retrocesso, o banco está
desrespeitando o processo de negociações, o que pode abrir
precedente perigoso para futuras negociações”, afirma Teresa
Souza, secretária de Finanças da Fetrafi-NE (Federação dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste).
Na busca de uma
solução para o impasse, a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro) entrou em contato com o banco para
exigir os mesmos moldes do aditivo de 2009/2011. Mas o banco se
recusou, alegando que elevou o número de bolsas.
“Vamos
discutir este assunto aprofundadamente na assembleia de quarta-feira
para decidir se a gente assina ou não o acordo aditivo com o
Santander”, explica o secretário de Bancos Privados do Sindicato,
Geraldo Times.