Após três rodadas
duplas de negociação, a Fenaban apresentará nesta terça-feira,
dia 28, uma proposta global para as reivindicações dos bancários
na Campanha 2012. A proposta será apresentada na mesma data em que
se comemora o Dia do Bancário e segundo os bancos ela será um
“presente” para seus funcionários.
“Esperamos uma
proposta que contemple as nossas reivindicações, com aumento real
de salários, valorização do piso e da PLR, garantia de emprego,
igualdade de oportunidades e melhores condições de trabalho, saúde
e segurança, entre outras questões”, diz a presidenta do
Sindicato, Jaqueline Mello, que viaja nesta segunda-feira a São
Paulo para participar das negociações no dia seguinte.
Jaqueline
lembra, entretanto, que os bancários nunca ganharam nada de graça
dos bancos e que todas as conquistas foram garantidas com muita luta,
mobilização e pressão. “Vamos esperar para ver qual será o
presente que a Fenaban disse que vai dar aos bancários com a sua
proposta. Vale destacar que nenhuma das nossas conquistas caiu do
céu. Por isso, vamos continuar ampliando a mobilização dos
bancários, com mais atividades de pressão nesta segunda e
terça-feira para arrancarmos dos bancos uma boa proposta de acordo”,
afirma Jaqueline.
Para o presidente da Contraf-CUT e
coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, os
bancos têm todas as condições de atender as reivindicações dos
seus funcionários. “Pelos lucros fantásticos que o sistema
financeiro continua produzindo, graças principalmente ao aumento da
produtividade dos bancários, há condições objetivas para atender
as nossas reivindicações. Somente os seis maiores bancos tiveram
lucro líquido de R$ 25,2 bilhões, mesmo usando o truque de fazer
provisões para devedores duvidosos de R$ 39,15 bilhões para uma
inadimplência que cresceu apenas 0,7 pontos percentuais no período”,
acrescenta Cordeiro.
O Comando Nacional mostrou à Fenaban na
terceira rodada de negociações, realizada na última quarta-feira,
dia 22, que o sistema financeiro nacional é o mais rentável do
mundo, recompensa seus altos executivos com bônus milionários, mas
paga a seus empregados um dos salários mais baixos dentre os
bancários sul-americanos. “São injustiças como essas que tornam
o Brasil o país com a quarta pior distribuição de renda na América
Latina, segundo estudo da ONU. Isso não pode continuar”, critica o
presidente da Contraf-CUT.
Veja como foram até agora as rodadas de negociação com a Fenaban
>> Bancos prometem apresentar proposta para as reivindicações dos bancários na 3ª
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