A oferta de empregos com carteira assinada cresceu 0,37% em julho,
comparado ao mês anterior, o que significa mais 142.496 novos
trabalhadores no mercado, como mostra o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE).
De acordo com o diretor do Departamento de Empregos e Salários, Rodolfo
Torelly, foi o segundo mês do ano em que a geração de empregos foi maior
que em igual período do ano passado, juntamente com março. Houve
1.753.241 admissões e 1.610.745 desligamentos em julho.
Análise técnica do Caged diz que “o bom desempenho de julho parece
indicar uma reação do mercado de trabalho em relação ao comportamento
mais modesto verificado no primeiro semestre do corrente ano”. Foram
criados 1.232.843 empregos no acumulado de janeiro a julho deste ano,
26,47% a menos que os mais de 1,677 milhão de empregos no mesmo período
de 2011.
Torelly disse que houve expansão generalizada do emprego em todas as
atividades, com destaque para o setor de serviços, que gerou 39.060
postos de trabalho no mês (0,25%), acompanhado pela construção civil
(mais 25.433 vagas) e pela indústria de transformação (mais 24.718
postos).
Em termos percentuais, porém, a expansão mais significativa ocorreu na
agricultura, que empregou 23.951 novos trabalhadores, com crescimento de
1,42% sobre o mês anterior. O Caged ressalta também os aumentos de
22.847 postos no comércio, 1.717 vagas da extração mineral, 1.598 novos
empregos nos serviços industriais de utilidade pública e 3.161
contratações na Administração Pública.
Em termos geográficos, todas as regiões tiveram desempenho positivo:
Sudeste (83.093 postos de trabalho ou 0,40%), Nordeste (21.184 postos ou
0,35%), Sul (13.060 vagas ou 0,19%), Norte (12.883 postos ou 0,75%) e
Centro-Oeste (12.276 vagas e expansão de 0,42%).
O Caged também mostra evolução do emprego nos 26 estados e no Distrito
Federal, com destaque em números absolutos para São Paulo (47.837),
Minas Gerais (19.216), Rio de Janeiro (13.439), Pará (6.759), Ceará
(6.695) e Mato Grosso (5.827). Destes, as maiores expansões foram
registradas no Mato Grosso (0,97%), Pará (0,96%) e Ceará (0,64%).