O coletivo de
dirigentes sindicais do Bradesco em Pernambuco se reuniu nesta terça,
dia 14, para debater a pauta de reivindicações, geral e específica,
e a organização dos trabalhadores na Campanha Nacional. Os
participantes trocaram informações sobre as primeiras negociações
da Campanha, discutiram os principais problemas e as reivindicações
e mostraram que estão dispostos a emplacar uma greve forte, caso
seja necessário.
Representante de Pernambuco na Comissão
Nacional de Organização dos Empregados, Suzineide Rodrigues,
secretária de Finanças do Sindicato, informou sobre as últimas
negociações com o Bradesco, no mês de julho. O único avanço
obtido foi que o banco, depois de muita pressão do movimento
sindical, aceitou seguir as recomendações da Agência Nacional de
Saúde e incluir no Plano de Saúde dos empregados novas
especialidades. “No entanto, o banco continua inflexível quanto à
extensão do Plano aos aposentados”, informou Suzi.
O
Bradesco também não avança em relação às cláusulas que se
arrastam há anos, como Plano de Cargos e Salários e
auxílio-educação. “Apesar do lucro de R$ 2,8 bilhões no segundo
trimestre de 2012, o Bradesco é o banco que menos valoriza seus
empregados”, afirma o secretário de Bancos Privados do Sindicato,
Geraldo Times. Os funcionários denunciaram que até para participar
de atividades de formação do próprio banco, eles precisam custear
o almoço.
Para Geraldo, o encontro foi bastante produtivo.
“As informações repassadas pelos dirigentes de base reforçam
aquilo que a gente já sabia: o alto grau de insatisfação e
adoecimento dos empregados do Bradesco. Mas também revelam que os
trabalhadores estão dispostos a endurecer e fazer uma greve forte,
caso seja necessário”, diz.
