As negociações desta
semana da Campanha Nacional dos Bancários foram suspensas nesta
quarta-feira, dia 15, em razão do falecimento do ex-dirigente
sindical Manoel Castaño Blanco, o Manolo, que foi vítima de um
acidente vascular. As negociações já haviam começado quando a
esposa de Manolo, a assessora jurídica da Contraf-CUT, Deborah
Regina Rocco Castaño Blanco, recebeu a notícia da morte do marido.
Ela assessorava os bancários na mesa de negociação.
Segundo
a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, que participava das
negociações, o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban estavam
terminando as discussões sobre as reivindicações de saúde quando
Deborah recebeu a notícia sobre a morte do marido, por volta das
13h.
“Interrompemos as negociações não só para dar apoio
à Deborah, mas também para que a gente pudesse absorver a notícia.
O Manolo é conhecido da maioria dos bancários que estavam na mesa
de negociação e sua morte foi recebida com muita tristeza e
consternação”, conta Jaqueline.
O Comando Nacional dos
Bancários solicitou então a suspensão da rodada de negociação,
que continuaria à tarde e nesta quinta-feira, para discutir
segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração. As
negociações serão retomadas na próxima terça-feira, dia 21, às
10h.
História de luta – Ex-funcionário do banco
Safra, Manolo foi diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo
de 1991 a 2002, onde comandou as Secretarias Jurídica, Cultural e de
Imprensa. Foi também um dos responsáveis pela criação da Comissão
de Segurança Bancária do Sindicato nos anos 1990. Manolo tinha 49
anos e deixa dois filhos, Beatriz e Diogo.
