Segundo
a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, esta é a primeira vez
que os bancários realizam um protesto dentro do Shopping Recife.
“Nossa caravana chamou a atenção das pessoas e colocou em
destaque as nossas reivindicações para a Campanha deste ano. A
receptividade dos bancários foi excelente e novas atividades devem
ser realizadas lá e em outros shoppings da cidade”, conta
Jaqueline.

>> Veja a galeria de fotos da manifestação no Shopping Recife

A primeira agência a ser visitada pela caravana do
Sindicato foi a do Banco do Brasil. Lá, os funcionários mostraram
que estão acompanhando de perto o andamento das negociações e que
estão preparados para a luta. “Nossa expectativa é que, além da
inflação, a gente conquiste aumento real de salários. Isso teria
um impacto positivo importante na qualidade de vida dos
trabalhadores”, comentou Guilherme Kubo, funcionário do BB.

Na
Caixa Econômica, a longa fila observada no autoatendimento
expressava o quadro caótico encontrado no interior da agência.
Mesmo sentados, a espera parecia interminável. A demanda exagerada
exigia paciência de quem aguardava para ser atendido e trabalho
redobrado dos empregados. A insatisfação gerou reclamações e
protestos dos clientes que se identificavam com a bandeira do
Sindicato por mais contratações e menos filas.

“O
atendimento está horrível. Eu saí do meu trabalho e cheguei aqui
na agência às 10h10. Já são 11h20 e até agora ainda não
consegui ser atendido”, reclamava o microempresário Adjair Amorim.
“O que se vê aqui são filas enormes e pouca gente para atender.
Isso é uma total falta de respeito da Caixa com os clientes”,
completou Amorim.

Situação parecida foi flagrada na agência
do Itaú. A unidade pequena e a grande quantidade de pessoas
aguardando atendimento tornavam o local incompatível para receber
tamanha demanda. Mesmo com a bateria de caixa em pleno funcionamento,
a fila se estendia até próximo à entrada da unidade. No local, o
Sindicato denunciou as demissões em massa praticadas pelo Itaú e as
mazelas causadas pela mudança no horário de atendimento, que começa
ao meio dia nesta agência.

“Nós defendemos a ampliação
do horário de atendimento para que a população seja beneficiada e
para que os bancos gerem mais empregos, com a criação de dois
turnos de trabalho. Mas o Itaú está na contramão. Aqui, os
bancários têm hora para entrar, mas não sabem quando irão sair.
Isso sem falar que a mudança no horário não trouxe nenhum
benefício para a população”, denunciou o secretário de Formação
do Sindicato, João Rufino.