Foi nada menos do que 3.777 o saldo de postos de trabalho fechados pelo
Itaú somente entre abril e junho de 2012, média imensamente mais alta do
que a de os outros bancos brasileiros. Bradesco reduziu 571 postos de
trabalho, o Santander, 135 e o Safra cortou 186. Os dados, do Dieese,
não incluem Caixa, Banco do Brasil e HSBC porque ainda não estão
disponíveis.
Em um ano, foram 9 mil postos de trabalho fechados pelo Itaú.
Preocupado com o alto índice de demissões em alguns setores, o ministro
do Trabalho, Brizola Neto, estuda a regulamentação do parágrafo 4ª do
artigo 239 da Constituição, que coloca como obrigação do empregador que
promover a rotatividade acima da média de seu setor de atuação pagar
mais impostos.
O artigo em discussão diz que “o financiamento do seguro-desemprego
receberá uma contribuição adicional da empresa cujo índice de
rotatividade da força de trabalho superar o índice médio da rotatividade
do setor, na forma estabelecida por lei”.
Atualmente, o governo federal paga com o seguro-desemprego o montante de R$ 28 bilhões por ano.
Segundo levantamento do Dieese e da Contraf-CUT, os trabalhadores
demitidos pelos bancos brasileiros ao longo de 2011 tinham um salário
médio de R$ 4,1 mil. Já a remuneração média dos novos contratados foi de
R$ 2,4 mil, o equivalente a 58,5% do salário dos dispensados.