Filiais da construtora MRV foram incluídas em cadastro do Ministério
do Trabalho de empregadores que tenham submetido funcionários a
condições análogas às de escravo, segundo a última atualização da
relação.
A companhia, que teve dois projetos de condomínios
residenciais no interior de São Paulo incluídos na relação, afirmou em
comunicado ter sido “surpreendida com a inclusão de seu nome no
cadastro (…) e está tomando todas as medidas e ações cabíveis para
promover a exclusão de seu nome do cadastro”.
Os projetos da
MRV listados no cadastro são Residencial Parque Borghesi, em Bauru, e
Condomínio Residencial Beach Park, em Americana.
“A MRV
repudia veementemente qualquer prática que não respeite os direitos
trabalhistas de colaboradores do seu quadro de empregados e dos quadros
de seus fornecedores e parceiros”, afirmou a empresa.
Segundo
comunicado do ministério, na última atualização do cadastro, de 31 de
julho, 118 nomes de empregadores infratores foram incluídos, seja de
atuação no meio rural, como no urbano.
Para ter o nome
retirado do cadastro de trabalho escravo, o ministério impõe como
condição monitoramento direto ou indireto por dois anos para “verificar
a não reincidência na prática do trabalho escravo e o pagamento das
multas resultantes da ação fiscal”.
“Apenas nove empregadores
lograram êxito, nesta atualização, em comprovar os requisitos para a
devida exclusão”, afirmou o ministério.
Desde julho de 2005, transitaram pelo cadastro 631 nomes, tanto de pessoa física quanto de jurídica.