
Os
bancários de Pernambuco deram o pontapé inicial da Campanha Nacional 2012 no
último sábado, dia 30, com um grande debate sobre a pauta de reivindicações. Aumento real de salário, PLR maior, fim do assédio
moral e das metas abusivas, igualdade de oportunidades, entre outros assuntos, permearam
os debates do Encontro Estadual dos Bancários. As demandas serão levadas agora
aos Congressos Regional e Nacional, que serão realizados nos próximos dias,
quando será fechada a pauta de reivindicações deste ano.
“Fizemos um grande debate e temos todas as condições de fazer mais uma Campanha
vitoriosa. Para isso, temos de superar o nosso maior desafio que é construir
uma grande mobilização. Nenhuma de nossas conquistas caiu do céu. Mais uma vez,
teremos de mostrar aos bancos todo o nosso poder de pressão para arrancarmos um
bom acordo, que atenda nossas reivindicações”, ressaltou a presidenta do
Sindicato, Jaqueline Mello.
Além das reivindicações, os bancários também debateram as estratégias para a
Campanha Nacional deste ano. Segundo Jaqueline, mais uma vez a categoria vai
apostar na unidade entre os funcionários dos bancos públicos e privados para
construir uma campanha vitoriosa. “Esta estratégia que adotamos em 2004 já está
consolidada. Neste período, tivemos aumento real de salários em todas as
campanhas, melhoramos a nossa PLR e incorporamos novas conquistas”, disse
Jaqueline.
Pela estratégia da unidade, os bancários de todos os bancos vão lutar pela
mesma pauta de reivindicações que será negociada na mesa da Fenaban. As
questões específicas de cada banco deverão ser negociadas em paralelo, nas
mesas que o Comando Nacional dos Bancários manterá com as empresas.
Encontro
dinâmico – Os bancários que deixaram o descanso de lado para participar neste
sábado do Encontro Estadual foram recebidos na sede do Sindicato com um
reforçado café da manhã, que logo se transformou numa confraternização. Antes
mesmo de o Encontro começar, os trabalhadores já conversavam sobre a Campanha, ainda
na sala do café.
Por volta das 10h, o Encontro teve início com a saudação da mesa de abertura
formada pela presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, pela secretária da
Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT), Deise Recoaro, pelo diretor do Sindicato e da CUT Pernambuco,
Fabiano Moura, e pelos diretores do Sindicato Tereza Souza (secretária de
Formação) e Geraldo Times (secretário de Bancos Privados).
Após a saudação inicial, a diretora da Contraf-CUT, Deise Recoaro, deu início
aos debates de maneira diferente. Em vez de fazer sua apresentação para depois
abrir as discussões, como tradicionalmente acontece, Deise quebrou o protocolo
e incentivou desde o início a interação dos participantes.
Dessa forma, os debates ficaram muito mais ricos e discutiram desde a estratégia
da Campanha e a pauta de reivindicações até a conjuntura nacional e
internacional. “Pernambuco é um estado muito politizado e eu sabia que os
bancários não iam me decepcionar. Foi um grande debate, um dos melhores que já
participei”, disse Deise, que é paulistana.
A diretora da Contraf apresentou os eixos da Campanha, que tratarão de emprego,
remuneração, saúde, segurança, condições de trabalho e sistema financeiro
nacional. O tema da igualdade de oportunidades será debatido com os bancos de
forma transversal em relação a cada um dos eixos de Campanha.
Próximos passos – As propostas definidas no
Encontro Estadual dos Bancários de Pernambuco serão agora levadas à Conferência
Regional do Nordeste, que será realizada de 13 a 15 de julho, em Fortaleza. A
delegação pernambucana já foi escolhida, em assembleia no último dia 20, e terá
36 delegados eleitos e mais cinco natos (dirigentes de Federação dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste – Fetrafi), além de três
observadores.
A última etapa desta fase inicial da Campanha será realizada
de 20 a 22 de julho, em Curitiba, com a Conferência Nacional dos Bancários. Lá,
representantes dos trabalhadores do Brasil inteiro levarão suas demandas para
fechar a pauta de reivindicações.
“Após o fechamento da pauta, vamos submetê-la à aprovação dos bancários, em
assembleia, para depois entregarmos as reivindicações aos bancos, no início de
agosto. Em seguida começaremos as negociações e a nossa luta para garantirmos
mais uma Campanha vitoriosa”, explica Jaqueline.