O Sindicato e a Contraf-CUT retomaram nesta quarta-feira, dia 27, o processo de negociação permanente com o Bradesco. Em pauta, as reivindicações para o Saúde Bradesco e o plano odontológico.
De acordo com a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, que representou os bancários de Pernambuco na negociação nacional, mais uma vez o banco frustrou a expectativa dos funcionários.
“Não houve qualquer avanço nesta rodada de negociações. Temos reivindicações antigas, que há anos estamos discutindo com o Bradesco, sem que o banco encontre soluções para as demandas. Mais uma vez, teremos de nos mobilizar e organizar uma série de protestos para pressionar o Bradesco e garantirmos os avanços esperados”, afirma Suzineide.
Na negociação desta quarta, o Bradesco não apresentou proposta concreta sobre as questões do seguro saúde médico e odontológico dos funcionários. O banco afirmou que está estruturando uma proposta e deve chamar nova reunião na próxima semana.
Para os dirigentes sindicais, o tema é de extrema importância e exige urgência do banco. Conforme a Resolução Normativa (RN) 254 da Agência Nacional de Saúde (ANS), a partir do dia 4 de agosto, o Bradesco não poderá mais incluir novos funcionários na apólice de saúde vigente. Criada em 1989, essa apólice está defasada em atendimentos como psicológico, psiquiátrico e fonoaudiólogo.
Caso o banco não se comprometa a fazer adaptação ou migração para as novas normas, ele terá de abrir uma nova apólice para receber os novos funcionários, o que acabará gerando diferenciação de atendimento entre novos e antigos empregados.
“Esperamos que o banco apresente propostas que venham resolver o problema atendendo assim uma reivindicação antiga da categoria que é a ampliação do rol de atendimento de especialidades não contempladas na atual apólice”, afirma Elaine Cutis, diretora da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, órgão que assessora as negociações com o banco.
Inclusão de pais e mães no plano de saúde – Outro ponto de destaque diz respeito à inclusão de pais e mães no plano de Saúde. Mas o banco reafirmou que essa possibilidade está fora de cogitação. “Isso é um absurdo, pois muitos funcionários possuem seus pais como seus dependentes econômicos, comprometendo o seu salário com o pagamento de planos de mercado”, critica Elaine.
Plano de saúde na aposentadoria – As entidades sindicais reivindicaram ainda a manutenção do plano de saúde na aposentadoria nas mesmas condições vigentes para os funcionários na ativa. Mas o banco não mostrou disposição para negociar o tema.
“O Bradesco se contradiz. Ao mesmo tempo em que faz discurso de valorização dos bancários, acaba deixando na mão seus funcionários no momento em que mais precisam”, ressalta a dirigente sindical.