Expansão do crédito em banco público é mais que o dobro de privado

As carteiras de empréstimos e financiamentos dos bancos públicos
cresceram 2,5% em maio, mais que o dobro da taxa de expansão registrada
pelas instituições financeiras privadas.

O saldo das operações do sistema financeiro privado subiu 1% no caso dos
bancos de controle nacional e 0,9% nos de controle estrangeiro, segundo
dados apresentados ontem pelo Banco Central (BC).

Os números indicam que a campanha iniciada em abril por Banco do Brasil e
Caixa Econômica Federal, por orientação do governo, têm surtido efeito.
O Ministério da Fazenda queria um incremento no crédito, para estimular
consumo e ajudar na recuperação no atualmente fraco nível da atividade
econômica brasileira.

As duas instituições estatais baixaram juros e investiram em forte
campanha publicitária para conquistar novos clientes e ampliar as
operações de crédito.


A ampliação de apenas 1% na carteira dos bancos privados, por sua vez,
indica que, mesmo baixando juros, eles não atenderam às expectativas do
governo de que o crédito apresentaria aceleração também entre
instituições sem controle estatal.

A campanha dos bancos estatais só reforça uma tendência que já vinha se
verificando nos últimos anos. O elemento diferente, agora, diz respeito à
carteira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). O banco federal de fomento viu o saldo de suas operações
crescer 1,6% em maio. Isso significa que o avanço de 2,5% observado no
sistema financeiro púbico como um todo foi puxado pelas demais
instituições, principalmente Caixa e BB, que são as de maior peso.

Em valores nominais, o estoque de crédito dos bancos públicos fechou
maio em R$ 952,244 bilhões. O saldo exibido pelos bancos privados de
controle nacional chegou a R$ 820 bilhões, enquanto a carteira das
instituições financeiras de controle estrangeiro chegou a R$ 364,181
bilhões.

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