CUT vai ao Paraguai ajudar na resistência ao golpe

A Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (Rio+20), terminou nesta sexta-feira (22) com uma grande assembleia no Aterro do Flamengo. Com a participação de todas as organizações dos movimentos sociais que tomaram a capital carioca desde o último dia 15, o encontro apresentou uma ampla agenda de lutas e campanhas unificadas.


Em sua intervenção, a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, representou também a Confederação Sindical das Américas (CSA), a Confederação Sindical Internacional (CSI) e afirmou que uma delegação CUTista já está se articulando para ir ao Paraguai com outros companheiros da América do Sul. O objetivo é ampliar a resistência dos trabalhadores do país contra a tentativa de golpe de Estado que sofre o presidente Fernando Lugo.


“Iremos compor uma delegação que engrossará a luta do povo paraguaio contra setores reacionários que tentar tomar o poder de forma autoritária”, comentou.


Rio+20 quer distância da sociedade civil – Do Riocentro, onde acontece a Rio+20, o presidente da CUT, Artur Henrique, criticou o formato do Centro Mundial de Desenvolvimento Sustentável (Centro Rio+), na capital carioca, iniciativa que o governo brasileiro anúncio nesta sexta.


A medida indica parcerias, até então, com representantes dos empresários, mas exclui os trabalhadores do projeto.


“Mais uma vez o governo brasileiro deixa de fora a representação da classe trabalhadora em uma questão fundamental, que é a negociação da transição desse modelo para outro. Exigimos estar nessas negociações, porque também seremos afetados: queremos discutir o que acontecerá com os empregos nesse novo modelo, como será a requalificação de quem precisará trabalhar em outra área, as garantias de proteção”, explicou.


Artur alertou também o governo precisará enfrentar a pressão popular, caso mantenha iniciativas como essa. “Acho que ainda não entenderam, mas vamos repetir: se não formos ouvidos seremos contra e faremos grandes manifestações para deixar isso bem claro. Não adianta chamar a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e dizer que nos representa, porque ela é tripartite. É um absurdo termos uma entidade como a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e ninguém da classe trabalhadora”, criticou.

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