O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon,
defendeu no sábado (16) a união de forças entre os líderes políticos em
busca do desenvolvimento sustentável e da inclusão social. O apelo
ocorre no momento em que representantes dos países ricos e em
desenvolvimento divergem sobre os principais pontos do documento final
da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20).
Às vésperas de chegar ao Rio para a conferência, Ki-moon pediu que os
representantes dos países tentem alcançar um acordo para a conclusão do
documento final, que será apresentado aos 115 chefes de Estado e de
Governo, nos dias 20 a 22. “Vamos trabalhar cooperativamente para
encontrar, inclusive, soluções duradouras para os desafios globais,
porque garantir o desenvolvimento sustentável é a nossa
responsabilidade”, disse.
Ki-moon pediu que os esforços sejam redobrados para a construção de uma
agenda que leve à qualidade de vida, à inclusão social e ao fim da
pobreza. “Precisamos todos trabalhar juntos para criar o futuro que
queremos”, disse.
Segundo ele, o relatório sobre Sustentabilidade Global contém 56
recomendações em três categorias, como capacitar as pessoas para fazer
escolhas sustentáveis, trabalhar para uma economia sustentável e
fortalecer a governabilidade institucional.
Para o secretário-geral, é fundamental que os líderes políticos examinem
atentamente o relatório e tentem cumprir com as recomendações. Segundo
ele, as autoridades devem também analisar os órgãos públicos no que se
refere à atuação nas três dimensões do desenvolvimento sustentável –
ambiental, social e econômica.
“Precisamos também mobilizar o apoio público ao redor do mundo para
finalmente construir um mundo sustentável, que garanta o bem-estar da
humanidade, preservando o planeta para as gerações que virão”, disse
Ki-moon.
Em nome do G77, grupo que reúne os países em desenvolvimento, o
representante da delegação da Argélia, Mourad Benmehidi, disse que
cumprir metas depende, sobretudo, dos “grandes atores” internacionais. A
afirmação dele é uma referência à necessidade de os países ricos
cooperarem com as definições de metas e responsabilidades a curto, médio
e longo prazos.