Movimentos se organizam e fazem a diferença com a Cúpula dos Povos

Em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), tem início amanhã (15) a Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental.
O evento acontecerá no Aterro do Flamengo, também no Rio de Janeiro,
com a presença de ativistas de meio ambiente, de direitos humanos,
jovens, entre outros atores sociais. A Cúpula quer mostrar a força dos
movimentos populares e chamar atenção para a necessidade de construção
de uma nova forma de se viver no planeta.

A intenção é que este momento não seja apenas um
encontro para debates e troca de experiências. Segundo Sandra Quintela,
do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (Pacs), a Cúpula dos
Povos é um passo adiante no Fórum Social Mundial, outro momento
importante de confluência dos movimentos sociais de todo o mundo.

“Vamos ter várias plenárias, debates, várias marchas e
manifestações. Vai ser diferente de um Fórum Social Mundial porque vamos
ter espaços unificados como a Assembleia Permanente dos Povos para a
qual estamos esperando cerca de dez mil pessoas. Também vamos trabalhar
as lutas regionais do Rio de Janeiro”, explica.

Sandra acrescenta que a Cúpula tem um caráter de
convergência e um exemplo disso é o acampamento que está montado para
receber jovens, adultos, mulheres, quilombolas, indígenas e diversos
ativistas sociais num encontro multicultural.

Durante os nove dias de Cúpula, especificamente durante a
Assembleia Permanente dos Povos será construído, a várias mãos, o
documento final do encontro. Os três eixos principais que serão
debatidos e devem constar no documento são: denúncia das causas
estruturais das crises, das falsas soluções e das novas formas de
reprodução do capital; soluções e novos paradigmas dos povos e estimulo a
organizações e movimentos sociais a articular processos de luta
anticapitalista pós-Rio+20.

Ao final da Cúpula, Sandra esclarece que será papel dos
movimentos sociais fazer as cobranças aos chefes de Estado e Governo. “A
Cúpula dos Povos é um evento para fortalecer os setores sociais, então
cobrar das autoridades que cumpram com seus compromissos será um dever
dos próprios movimentos sociais”, diz.

Programação – Os nove dias de Cúpula dos Povos contarão com uma vasta
programação. Em paralelo, acontecerão atividades autogestionadas, ações
nas Tendas de Futuro, feiras, palestras, debates, programação cultural e
manifestações. Apenas quando tiver a Assembleia Permanente dos Povos é
que as demais atividades vão parar a fim de que todas as atenções sejam
concentradas neste momento.

Para conhecer a programação completa da Cúpula e obter mais informações sobre o evento, acesse: http://cupuladospovos.org.br/

Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi