Fenae comemora 41 anos de união, lutas e conquistas


Quarenta e um anos depois, uma constatação: a Fenae é resultado direto
da história dos empregados da Caixa de todo o Brasil, e dispõe de
compromisso para levar adiante o seu ideal de servir ao bem-estar do
pessoal da Caixa Econômica Federal, tanto aos que ainda se encontram em
atividade, quanto aos que estão aposentados ou são pensionistas.


Nesta terça-feira, dia 29 de maio, a Fenae comemora aniversário de 41
anos. São mais de quatro décadas de lutas e conquistas, tendo como
referência a experiência de cada gestão e a contribuição ímpar de um
sem-número de bancários. Desde a sua origem, em 1971, a entidade está
presente no cotidiano dos empregados da Caixa, assumindo, inclusive,
papel decisivo no movimento de mobilização em defesa da empresa, seja em
que circunstância for.


O início foi de uma pequena associação, mas depois a Federação Nacional
das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae)
agigantou-se na proporção dos desafios enfrentados e conquistou
maturidade por todo esse período, revelando-se uma entidade combativa,
forte e representativa. O cenário de sua existência, na verdade, sempre
foi marcado por lutas, protestos e mobilizações de formatos múltiplos
país afora.

Mobilização


O começo dessa trajetória foi a causa da jornada de seis horas, sem
redução dos salários, o direito à sindicalização, a reclassificação nas
tabelas salariais e nos planos de cargos e salários, a isonomia para os
admitidos após dezembro de 1983 (benefícios e vantagens) e a equiparação
salarial dos empregados da Caixa com trabalhadores de outros bancos
federais.


A década de 80 foi palco de grandes mobilizações. Esse processo foi
desencadeado pela organização e luta dos auxiliares de escritório por
enquadramento como escriturários, desembocando na histórica greve de 30
de outubro de 1985, que assegurou a jornada de seis horas e o direito à
sindicalização. Essa greve foi a primeira a ter repercussão nacional no
âmbito da Caixa, levando a duas conquistas expressivas na campanha
salarial de 1988: equiparação salarial com os trabalhadores do Banco do
Brasil, com reajuste médio de 73,18%, e correção salarial pela inflação.

Resistência


Outra fase dura dessa trajetória ocorreu nos anos 90, quando a Fenae
protagonizou, em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), a luta de resistência contra o
desmonte da Caixa patrocinado por dois governos neoliberais sucessivos:
Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso. No governo Collor,
por exemplo, empregados concursados foram demitidos em 1990 (2.600) e
em 1991 (110).


Esses desligamentos arbitrários provocaram um movimento de resistência
em cada lugar do país e, na época, a Fenae ofereceu suporte e coordenou,
junto com os sindicatos de bancários, todo um processo de reintegração
dos demitidos, através da campanha “Readmitir para não destruir a Caixa –
um banco social”. Resultado: a luta pela reintegração foi vitoriosa,
constituindo-se em uma das principais conquistas do acordo coletivo
firmado em outubro de 1990.


Na época, inclusive, o empregado da Caixa foi o único segmento da
categoria no país a conquistar a reintegração dentro do governo Collor. A
resistência à herança maldita deixada por FHC também foi imediata,
irrestrita e passou a ser item prioritário do movimento associativo. No
centro dessas mobilizações, a defesa do caráter público da Caixa e
contra os ataques perpetrados aos direitos e conquistas dos empregados e
aposentados.

Novas conquistas


A partir de 2003, a ascensão do primeiro operário ao cargo de Presidente
da República – no caso, Luiz Inácio Lula da Silva – tornou possível ao
movimento associativo dos empregados da Caixa galgar vôos ousados, como o
de endossar iniciativas para reafirmar a Caixa como instituição pública
e múltipla, levando ao resgate de direitos antes suprimidos e a novas
conquistas. Isto significou, por exemplo, um salto de qualidade no
padrão da luta do movimento dos trabalhadores da empresa, deixando para
trás a mera mobilização de resistência.


Essa realidade está refletida, aliás, no fim da política de reajuste
zero e em períodos sucessivos de aumentos reais de salários. Houve
também o fim das demissões sem justa causa pela RH 008 e do processo de
terceirização indiscriminada de serviços.


Na galeria de conquistas importantes desse período, aparecem ainda a
elaboração e implantação do Saúde Caixa e a implantação do Novo Plano de
benefícios, novo Estatuto e gestão compartilhada em todas as instâncias
da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), assim como a retomada
da luta por isonomia de benefícios para os técnicos bancários.


É bom deixar claro que a luta continua. Hoje, um dos focos da Fenae é a
parceria com as Apcefs afiliadas. O propósito, nesse caso, é integrar os
empregados da Caixa por intermédio de eventos políticos, sociais,
culturais e esportivos realizados pelo Brasil. A atuação da entidade no
mercado está colada a iniciativas em outras esferas e visa, sobretudo,
dar suporte aos negócios do Grupo Fenae, através da holding FPC
Participações Corporativas S/A.


Os frutos positivos colhidos nestes 41 anos são a prova cabal de que há
muito o que comemorar nesta data de 29 de maio de 2012. É hora,
portanto, de dizer com toda a emoção: Parabéns, Fenae!

Expediente:
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