O Sindicato e a Contraf-CUT cobraram do Santander a proibição da exposição do ranking individual dos funcionários. Durante a negociação realizada nesta quinta-feira, dia 24, os dirigentes sindicais reiteraram que o banco não está cumprindo a cláusula 35ª da Convenção Coletiva dos Bancários sobre monitoramento de resultados, uma vez que os dados sobre o super-ranking individual podem ser acessados.
De acordo com o diretor do Sindicato, Epaminondas França, o Santander se comprometeu a mudar o sistema em breve para que somente os gerentes gerais e regionais tenham acesso ao desempenho dos funcionários.
“Também exigimos o fim das reuniões diárias nas agências, que cobram o cumprimento de metas individuais e abusivas. Estas reuniões têm gerado todo tipo de pressão e assédio moral. Segundo os representantes do banco, a orientação dada aos gestores é para que esses encontros sejam rápidos e apenas para dar orientação de estratégias”, explica Epaminondas.
Outra cobrança dos bancários foi a posição do banco sobre a venda de produtos feita por funcionários com função de caixa. Para o Sindicato, os caixa não podem ser obrigados a vender. O banco concordou e afirmou que os caixas não são avaliados pela sua performance de vendas. O Sindicato também cobrou a assinatura de um acordo por venda responsável de produtos bancários, nos moldes que o Santander tem com os seus empregados na Europa.
Outra reclamação levada pelo Sindicato é a sobrecarga de trabalho, que vem gerando problemas em diversas áreas. “Exigimos do banco mais contratações para aliviar o sufoco dos bancários. O Santander alegou que está contratando. Nossa orientação é para que os bancários não trabalhem fora da jornada sem receber hora extra. Caso isso ocorra, procure imediatamente o Sindicato para a que a gente possa agir”, ressalta Epaminondas.