O
próximo sábado é véspera do Dia das Mães, mas será de muito
trabalho para milhares de bancários da Caixa Econômica Federal.
Apesar da pressão do Sindicato e da Contraf-CUT, o banco ignorou a
reivindicação dos trabalhadores e manteve sua decisão de abrir as
500 principais agências em todo o Brasil no dia 12 de maio.

“Somos
terminantemente contra o trabalho aos finais de semana e vamos
protestar”, afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, que
é empregada da Caixa. “Tentamos negociar com o banco para impedir
a abertura no sábado, que também é véspera do Dias das Mães, mas
a direção não aceitou a nossa reivindicação. Diante desta
postura, os sindicatos de todo o país estão se mobilizando e vamos
denunciar esta ilegalidade ao Ministério Público e órgãos
competentes”, garante Jaqueline.

O Sindicato e a Contraf-CUT
se reuniram no dia 26 de abril com o diretor de Recursos Humanos da
Caixa, Nelson Antônio de Souza, em Brasília, para manifestar
posição contrária à abertura das agências. Na ocasião, a Caixa
alegou que, com a política de redução dos juros, a abertura nesse
dia seria mais uma oportunidade para a sociedade conhecer a nova
política de crédito da instituição e receber orientações sobre
aplicações financeiras.

“Nós apoiamos as medidas de
redução dos juros do governo, mas somos contra a abertura das
agências bancárias num sábado. É uma atitude desnecessária e sem
qualquer amparo na legislação vigente. A lei até admite o trabalho
em dias de descaso remunerado, mas apenas em situações bem
específicas, que não se enquadram neste caso”, explica
Jaqueline.

Para o Sindicato, a medida da Caixa parece estar
mais para uma ação de marketing do que para uma prestação de
serviços à sociedade. “O problema maior é se esta estratégia
for uma constante e o banco começar a abrir suas agências aos
sábados. Temos de combater esta medida desde já para que ela não
se repita”, ressalta.