O Sindicato e a
Contraf-CUT reuniram-se nesta segunda-feira, dia 23, com
representantes do Itaú para discutir o ponto eletrônico e a PCR
(Participação Complementar nos Resultados). Durante o encontro, o
banco apresentou uma proposta de PCR que ficou aquém do que o
movimento sindical esperava. Diante da fraca proposta da ermpresa, os
sindicatos reafirmaram suas reivindicações para a PCR.
“Não
admitimos as metas individuais e também não queremos que a PCR seja
compensado nos demais programas próprios. E defendemos que a
distribuição dos valores seja igual entre todos os funcionários,
independentemente do cargo ou salário. Esses são os pilares que
defendemos para a PCR”, explica o diretor do Sindicato, Fábio
Sales, que é funcionário do Itaú.
Junto com o debate da
PCR, o movimento sindical cobrou abertura de negociação com o banco
sobre seus programas próprios, sobretudo o AGIR e o Prad. A cobrança
de metas nestes programas tem gerado uma pressão insuportável sobre
os funcionários. Além disso, as metas são alteradas constantemente
e se tornam cada vez mais inatingíveis. Desvincular o auxilio
educação do acordo da PCR foi outro ponto debatido.
Ponto
Eletrônico – Os representantes do banco também fizeram uma
apresentação sobre o funcionamento do ponto eletrônico. A
flexibilização da portaria nº 1.510/2009 do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), que trata do sistema de registro da jornada
de trabalho, foi permitida pela portaria nº 373/2010 do MTE, que
viabiliza a adoção pelos empregadores de sistema alternativo de
controle da jornada de trabalho. Desta forma, a instalação do REP
(Registrador Eletrônico de Ponto) pode ser dispensada, desde que
haja acordo com as entidades sindicais representativas dos
trabalhadores.
Vários itens foram questionados pelo movimento
sindical sobre a questão do ponto eletrônico, dentre os quais se
destaca o fato de que o funcionário tem de ter um espelho em que
apareçam as anotações de entrada e saída, feitas somente pelos
próprios bancários. Os sindicatos defenderam que essas informações
têm de estar acessíveis a qualquer tempo para os
funcionários.
Além disso, o acesso ao ponto tem de se dar
apenas em unidades do banco, ou seja, a marcação não pode ser
feita por meio de notebooks, por exemplo. O movimento sindical cobrou
ainda que o sistema de ponto tem de estar ligado ao sistema
operacional do banco, ou seja, ninguém pode acessar nenhuma forma de
trabalho sem estar com o ponto ativo, e quando estiver encerrado não
ter acesso a nenhum outro aplicativo. “Também exigimos que o
sistema de ponto do banco seja certificado por alguma empresa
credenciada ao Ministério do Trabalho para que os dados registrados
sejam realmente inalteráveis”, explica Fábio.
Representaram
o Itaú na reunião o diretor de relações sindicais, Marcelo
Orticelli, e o superintende de relações sindicais, Marco Aurélio.
Uma nova rodada de negociação deve ser marcada para o início de
maio.