Sindicato paralisa o CSO e exige melhores condições de trabalho do BB

O Sindicato realizou
nesta terça-feira, dia 17, mais um protesto contra a falta de
condições de trabalho no CSO (Centro de Suporte Operacional) do
Banco do Brasil, na avenida Rio Branco, no Recife Antigo. O objetivo
do ato foi denunciar os problemas enfrentados pelos bancários por
conta do desconforto térmico, causado pelo mau funcionamento do
sistema de refrigeração do prédio. O problema é ainda mais
crítico no 2º, 3º e 4º andares.


Segundo o diretor do
Sindicato, Renato Brito, que é funcionário do Banco do Brasil e
também sofre com o calor insuportável no terceiro andar do CSO, a
manifestação expressou a indignação dos trabalhadores do prédio
com as condições de temperatura. Segundo ele, a própria instrução
de trabalho do BB diz que a temperatura das unidades deve ficar em
torno dos 23 graus, o que não ocorre no CSO.


“O que vemos
aqui são os funcionários sendo obrigados a trabalhar diariamente
com um calor insuportável, sob uma temperatura de mais de 28 graus.
É por isso que nós realizamos este protesto. Os trabalhadores estão
indignados com essa situação e o Sindicato organizou a manifestação
para cobrar do banco uma solução definitiva para o problema do
calor”, esclarece o dirigente sindical.


Durante a
manifestação, uma bandinha de frevo animou a atividade enquanto a
distribuição de picolés ajudou a aliviar o calor. O Sindicato
também distribuiu leques com uma paródia da marchinha de carnaval
“Ala laô, mas que calor”.


O tom descontraído da
atividade contrastava com a firmeza no discurso dos dirigentes
sindicais, que não pouparam críticas à falta de respeito do Banco
do Brasil para com seus funcionários. A massiva participação dos
empregados também refletiu a indignação com a forma pela qual o BB
vem tratando o problema, que já se arrasta há pelo menos três
anos, segundo o bancário do CSO, Danilo Gonçalves.


>> Ouça reportagem sobre o protesto na Rádio dos Bancários
>> Veja a galeria de fotos da manifestação do Sindicato

“Quando
eu vim pra cá, em janeiro de 2011, a gente já estava trabalhando em
temperaturas acima dos 26, 27 graus. Ou seja, é uma situação que
já perdura há muito tempo e que não vemos solução. Quando chega
o meio dia você não consegue mais produzir nada com esse calor.
Você se desconcentra e fica muito complicado trabalhar assim”,
denuncia Danilo.


Diante do descaso do banco, os trabalhadores
estão sendo obrigados a adotar soluções paliativas para diminuir o
calor. “A situação aqui no CSO está complicada em função da
temperatura. A impressão que nós temos é que eles botam um pouco
de ar condicionado num determinado momento e desvia ele depois. E,
realmente, ficamos suando dentro do ambiente de trabalho. É muito
difícil. A grande maioria dos funcionários está trazendo
ventilador de casa na tentativa de diminuir o calor”, conta o
bancário Rodrigo Barreira, também lotado no CSO.


Já o
secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, que também é
empregado do BB, destacou a participação dos trabalhadores do banco
na atividade. “Os bancários do Banco do Brasil estão de parabéns.
Mostraram a sua indignação, mostraram capacidade de luta e de
mobilização. Quase 80 trabalhadores paralisaram suas atividades,
desceram e realizaram aqui um ato conosco com muita contundência,
mostrando que querem que o banco resolva o problema”, explicou
Fabiano.


O sindicalista também reiterou a posição da
entidade frente ao problema. “O Sindicato vai continuar
pressionando o Banco do Brasil para que ele resolva os problemas
desses equipamentos, para que o trabalhador possa desenvolver suas
atividade com dignidade. É inadmissível que um banco que atinge
lucos recordes a cada ano não tenha a capacidade técnica de
instalar um ar condicionado para climatizar dois ou três ambientes.
Isso mostra uma total desídia por parte da administração que trata
os trabalhadores como se animais fossem. Nós queremos e exigimos
respeito”, conclui Fabiano.

Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi