O Sindicato realizou
nesta sexta-feira, dia 13, mais um protesto contra as demissões e a
falta de condições de trabalho no Itaú. A atividade, que integra a
campanha de “Mobilização Permanente”, é a segunda realizada
pela entidade, no Itaú, nos últimos meses. Na mobilização desta
sexta, os diretores do Sindicato percorreram as agências de
Iputinga, Nova Caxangá, Caxangá e Cordeiro, localizadas na Avenida
Caxangá, além da unidade da Madalena, na rua Benfica.
Durante
os protestos um casal de atores parodiava a propaganda do banco que
convida os brasileiros a jogar bola. Na esquete teatral um dos
artista, representando o banco, demite quase todos os empregados da
agência e obriga a funcionária que consegue manter o emprego a se
desdobrar para dar conta da demanda de serviço.
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A
representação bem humorada não foge a realidade praticada pelo
Itaú. Só no ano passado, o banco fechou mais de 4 mil postos de
trabalho em todo o país. Em Pernambuco, foram dispensados 92
bancários, mais que qualquer outro banco.
A falta de
funcionários reflete diretamente na demanda de trabalho e na
qualidade do atendimento. Como consequência, bancários
sobrecarregados e clientes insatisfeitos, como é o caso de Maria
Tereza, cliente da agência Caxangá. “O atendimento aqui é muito
precário. Tem dia que a gente chega aqui e demora quase duas horas
para ser atendida. Isso complica a vida da gente”, denuncia.
A
insegurança é outro item lembrado por dona Tereza. “Aqui nós não
temos segurança na agência. Quando é preciso sacar uma quantia
maior já ficamos em pânico porque sabemos que estamos expostos a
assalto”, completa.
Saúde comprometida – As doenças
ocupacionais são outro mal que aflige os empregados do banco. Só
nos primeiros três meses deste ano, o Sindicato já atendeu 42
bancários do Itaú com doenças causadas em decorrência do trabalho
estressante. O número é quase a metade de todos os casos
registrados no ano passado: 94.
Todas essas mazela foram
denunciadas pelos dirigentes sindicais durante os protestos
realizados nas agências. “O Itaú registrou no ano passado o maior
lucro da história dos bancos no Brasil. A empresa fechou 2011 com
ganhos de R$ 14,62 bilhões. Mesmo assim, o banco não para de
demitir. Os números estão aí para comprovar. As demissões, o
excesso de trabalho, a pressão pelo cumprimento de metas abusivas e
falta de segurança têm gerado sérios problemas de saúde nos
funcionários”, afirma Luiz Henrique, diretor do Sindicato e
funcionário do Itaú.
O dirigente sindical Flávio Coelho,
também empregado do banco, avaliou positivamente as atividades desta
sexta. “Vistamos cinco agências do Itaú, denunciando o banco que
mais demite no país. Em todas elas contamos com o apoio dos colegas
e a compreensão de clientes e usuários. Vale lembrar que essa já é
a segunda vez que percorremos as agências do Itaú fazendo esse
trabalho e vamos continuar denunciando até que o banco pare com essa
pratica terrível de punir seus funcionários com demissões”,
alerta Flávio.
