A Caixa Econômica
Federal anunciou nesta quinta-feira (5) que seguirá a estratégia do
Banco do Brasil (BB) e cortará as taxas de juros para pessoas
físicas e jurídicas. O detalhamento do programa Caixa Melhor
Crédito, como foi denominada a nova estratégia, será feito na
manhã de segunda-feira (9).
“Na ocasião, serão anunciados
os cortes nas taxas de juros e demais ações para democratizar o
acesso ao crédito às famílias brasileiras, além de melhores
condições de financiamento para micro e pequenas empresas”,
anunciou a empresa, em nota.
Na última quarta-feira (4), o BB
havia anunciado o programa Bompratodos, com um conjunto de medidas
para reduzir juros e ampliar os limites de crédito dos clientes.
“Vamos reduzir os spreads, aumentar a oferta de crédito,
estimular o uso consciente do crédito e ainda atrair novos clientes
no contexto da Livre Opção Bancária”, disse o presidente do BB,
Aldemir Bendine.
Os assalariados que recebem por meio do BB e
optarem por aderir aos novos pacotes de serviços serão alguns dos
beneficiados. Para esses clientes, a taxa de juros do rotativo do
cartão de crédito será de 3% ao mês, ante uma taxa média atual é
de 12,25%.
Para as linhas voltadas à aquisição de bens e
serviços de consumo, os juros médios serão reduzidos em 45%. No
financiamento de veículos, com crédito pré-aprovado e sem tarifas
embutidas, a queda será de pelo menos 19%. Assim, o cliente poderá
financiar a aquisição de veículos com taxa de juros a partir de
0,99% ao mês.
Com as novas medidas, BB e Caixa se alinham à
presidente Dilma em um esforço para redução dos spreads.
Considerados fora do padrão internacional no Brasil, eles
tornar-se-ão mais baixos entre BB e Caixa, mas seguem elevadíssimos
nas instituições privadas – agora pressionadas a abaixá-los
também.
Essa experiência inovadora do BB e da Caixa guarda
referências no início da crise financeira internacional, em 2008.
Naquele período, os dois bancos foram orientados pelo governo
federal a ampliarem a oferta de crédito, em ação anticíclica para
enfrentar os riscos de recessão.
O curioso é que além de
terem colaborado para o avanço econômico do país, os dois bancos
ganharam dinheiro com a expansão de suas carteiras de crédito – o
BB, por exemplo, registrou lucros recordes em 2009.