Depois de muita pressão
do Sindicato, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) recuou e vai pagar a parcela adicional da PLR, no valor de 2% do lucro
líquido, conforme prevê a Convenção Coletiva. O montante será dividido igualmente entre todos os
funcionários do banco e será pago no próximo dia 23. Com isso,
cada bancário deve receber aproximadamente R$ 1 mil.
Para o
diretor do Sindicato, Alan Patrício, a PLR adicional é uma grande
conquista, que só foi garantida graças à mobilização e pressão
dos bancários. “Não foi fácil. O BNB queria reduzir a PLR dos
bancários por conta da alta provisão que o banco fez para créditos
de liquidação duvidosa. Nos últimos meses, tivemos duras
negociações com o BNB e preparamos os bancários para a luta. Só
aqui em Pernambuco, realizamos dois protestos contra a empresa nos
últimos dias e chegamos até mesmo a paralisar as atividades na
agência e nos departamentos do centro administrativo do BNB, na
avenida Conde da Boa Vista, no dia 28 passado”, conta Alan, que
representa Pernambuco na Comissão Nacional dos Funcionários.
A
confirmação do pagamento da parcela adicional da PLR foi feita pelo
BNB na tarde desta quinta-feira, dia 5, menos de 24 horas depois de
os bancários decidirem, em assembleia, esquentar a mobilização e a
luta contra a redução da participação nos lucros. “Chegamos a
cogitar uma greve por tempo indeterminado. Mas conseguimos resolver o
problema hoje, graças à nossa mobilização”, diz Alan.
Para
a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a PLR adicional foi a
vitória da luta dos bancários contra a intransigência do BNB. “O
banco não queria recuar de jeito nenhum. Mas o Sindicato não podia
admitir que os bancários sofressem perdas em sua PLR, que foi
conquistada no final do ano passado com muita luta, depois de
encamparmos mais de vinte dias de greve. Neste último mês, tivemos
um embate muito grande com o BNB, mas a pressão valeu a pena e agora
o funcionalismo pode comemorar”, afirma Jaqueline.
Fim da
injustiça – Por causa do provisionamento feito no balanço, a
PLR dos bancários do BNB poderia ter uma redução de 16,2%, segundo
levantamento do Dieese. Pelas projeções, além de não receber a
segunda parcela, os bancários poderiam ser obrigados a devolver
parte do dinheiro recebido na primeira parcela da participação nos
lucros, paga no final do ano passado, após o fechamento da Campanha
Nacional.
“Para quem corria o risco de devolver parte da
PLR, receber estes R$ 1 mil agora é mais do que uma vitória. Além
de evitarmos o prejuízo financeiro, mostramos para o BNB que seus
funcionários exigem respeito e não aceitam que o banco mexa num
direito conquistado. Estamos felizes com o desfecho desta história,
que mostra, acima de tudo, que vale a pena lutar pelos nossos
direitos”, finaliza Alan.
Relembre como foi esta luta
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