Sindicato lança campanha para acabar com o Imposto Sindical

O Sindicato lança no
próximo dia 12, quinta-feira, uma campanha para acabar com o Imposto
Sindical. Criado em 1940 pelo presidente Getúlio Vargas, este
tributo injusto e ultrapassado continua em vigor até hoje, 72 anos
depois. “A CUT sempre foi contra o Imposto Sindical e há anos tem
lutado pelo seu fim. Agora, vamos esquentar esta batalha com o
lançamento de uma campanha que visa envolver todos os
trabalhadores”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline
Mello.


A CUT, aliás, é a única central sindical do Brasil
que é contra o Imposto e luta pelo seu fim. “Todas as demais
centrais e sindicatos que não estão ligados à CUT são à favor do
Imposto. Temos enfrentado a resistência e oposição de muitos
sindicatos por causa desta luta, mas vamos até o fim porque
consideramos o Imposto Sindical injusto e que só serve para manter
entidades de fachada que não têm qualquer compromisso com os
trabalhadores”, explica Jaqueline.


Dentro da campanha, o
Sindicato vai realizar um plebiscito que está sendo organizado pela
CUT para ouvir o que os trabalhadores pensam sobre o Imposto
Sindical. O objetivo da consulta é ampliar o debate e obter mais
apoio à luta solitária da CUT pelo fim deste tributo.


“Nos
próximos dias, o Sindicato vai circular pelas agências e
departamentos dos bancos em Pernambuco com as urnas para recolher o
voto da categoria. Esta consulta será realizada até o dia 30 de
abril e é importante que os bancários participem em peso para que a
nossa luta tenha mais força”, explica Jaqueline.


O Imposto
Sindical é descontado compulsoriamente no mês de março do salário
de todo trabalhador que tem carteira assinada e equivale a um dia de
trabalho. Mesmo com a oposição do Sindicato e da CUT, hoje é
impossível evitar a cobrança.


“Já ingressamos na Justiça
com ações para acabar com o Imposto Sindical e perdemos. Nos
últimos anos, temos pressionado o Congresso Nacional e a presidência
da República para acabar com o imposto. Mas o lobby dos sindicatos
que não são da CUT é muito forte e até agora não conseguimos
acabar com o tributo. Com a realização deste plebiscito, vamos
ampliar a pressão e quebrar a resistência destes setores atrasados
do sindicalismo brasileiro”, afirma Jaqueline.


Para a
secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, o Imposto
Sindical deve ser substituído pela contribuição sobre a negociação
coletiva, cuja cobrança será submetida a aprovação em assembleia.
“Afinal, os trabalhadores têm o direito de decidir quanto querem
pagar para financiar a sua entidade”, comenta Suzineide.  

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