Depois de muita luta, o
Sindicato garantiu aos bancários da Caixa uma avaliação de
promoção por mérito mais justa e transparente. Mas o banco quer
jogar fora todos os avanços conquistados pelos empregados e
apresentou proposta para a avaliação do ano que vem com uma série
de retrocessos. Assim, terminou em impasse a reunião da Comissão
Paritária da Promoção por Mérito, realizada nesta segunda e
terça-feira, dias 12 e 13, em Brasília.
Segundo a presidenta
do Sindicato, Jaqueline Mello, os representantes dos bancários e do
banco debateram exaustivamente a sistemática de avaliação para o
ano base 2012, visando a promoção de janeiro de 2013. “Esperávamos
mais avanços nesta reunião, que foi a primeira do ano desta
Comissão Paritária. Nosso objetivo era sair do encontro com o
processo de avaliação que será feito no começo do ano que vem
definido. Até para que os bancários pudessem conhecer com bastante
antecedência as regras e os critérios da promoção. Mas a Caixa
frustrou nossas expectativas”, conta Jaqueline.
A proposta
apresentada pela Caixa contém muitos retrocessos em relação à
avaliação feita no início deste ano. Entre os pontos considerados
ruins pelo Sindicato está a exigência de que o empregado complete
365 dias de empresa para ser avaliado e promovido, além da alteração
dos pesos das modalidades de avaliação subjetiva e da mudança da
linha de corte.
Pela proposta da empresa, as modalidades da
avaliação subjetiva, que hoje possuem mesmo peso, passariam a ter a
seguinte conformação: 40% para a avaliação do gestor, 30% para a
avaliação dos pares e 30% para a autoavaliação. A linha de corte,
hoje em 8,2 pontos, passaria a ser pela média nacional, que foi de
9,15 na última avaliação.
Entre os retrocessos desejados
pela empresa consta ainda a inversão dos pesos conferidos aos
critérios de avaliação. A Caixa quer que os critérios subjetivos
passem a pesar 60% e os objetivos 40%.
A proposta da Caixa
passa, sobretudo, pela alteração dos fatores de avaliação
subjetiva, com inclusão de critérios de orientação ao resultado.
Os representantes dos empregados na Comissão Paritária refutaram de
pronto qualquer proposta nesse sentido, por representar vinculação
a metas.
A Caixa ficou de encaminhar à representação dos
empregados a bibliografia e os normativos que serviram de
fundamentação às mudanças que estão sendo propostas, relativas à
avaliação subjetiva, para posterior retomada das discussões na
Comissão Paritária da Promoção por Mérito.