Sem avanço nas negociações, Sindicato esquenta mobilização dos bancários do BB

O Sindicato vai
esquentar a mobilização dos bancários do Banco do Brasil para
pressionar a empresa e garantir o atendimento da pauta de
reivindicações específicas do funcionalismo. A decisão foi tomada
nesta quinta-feira, dia 1º de março, após a retomada das
negociações permanentes com a direção do BB.

Segundo o
secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, a falta de vontade do
Banco do Brasil em negociar as reivindicações dos funcionários
ficou clara nesta reunião. “Não houve qualquer avanço nas
negociações. Por isso, vamos mobilizar os bancários e, já no dia
7 de março, realizaremos um dia nacional de luta com atividades em
todo o Brasil. Sem pressão, não vamos conseguir o atendimento de
nossas reivindicações”, explica Fabiano.

Entre os temas
discutidos na negociação desta quinta-feira está o cumprimento da
jornada de 6 horas. Os representantes da instituição financeira
afirmaram que não havia qualquer posição do banco em relação à
jornada, quebrando um compromisso firmado com os sindicatos.

“O
BB havia se comprometido a apresentar uma proposta que resolvesse o
problema da jornada. Mas os representantes do banco compareceram à
negociação sem qualquer informação, embora o movimento sindical
saiba que a direção do BB possui um estudo sobre o assunto”,
conta Fabiano, lembrando que o banco se negou a discutir a jornada de
6 horas durante a Campanha Nacional do ano passado, afirmando que
daria uma solução rapidamente para o tema.

Saúde –
Durante a reunião, os dirigentes sindicais formalizaram a exigência
para que, na próxima reunião do Conselho Deliberativo da Caixa de
Assistência (Cassi), a direção do Banco do Brasil se posicione
oficialmente em relação ao cumprimento da Resolução 254 da
Agência Nacional de Saúde (ANS). Pela norma, os planos de saúde
que não aceitarem se adaptar poderão continuar a existir, mas não
poderão mais aceitar nenhum novo associado a partir de 4/8/2012,
conforme prevê o artigo 27 da resolução. O banco ficou de se
pronunciar posteriormente sobre o assunto.

PSO –
Outro assunto debatido nas negociações foi a implantação do
projeto de PSO (Plataforma de Suporte Operacional). O representante
da Dinop informou que o projeto vai ser implantado em 89 municípios,
com mais de cinco agências, num total de 101 plataformas, abrangendo
mais de 1.500 agências. A previsão é de que todo o processo de
implantação termine em julho, sendo que em março o projeto será
concluído nos municípios abrangidos pelo projeto-piloto. Fruto
dessa implantação, serão criadas, segundo o banco, 393 novas
oportunidades de comissionamento na rede.

Logo após a
apresentação, foi feito um debate sobre os pontos relacionados a
direitos do trabalhador e condições de trabalho. O movimento
sindical manifestou suas preocupações com mais esta reestruturação
no processo produtivo do banco, que causa apreensão nos funcionários
realocados para o setor. As principais preocupações estão
relacionadas à dotação e nomeação dos caixas executivos e dos
gerentes de serviços, ao processo de avaliação de desempenho a
distância, ao eventual rodízio ou à flutuação entre as
dependências, às substituições/desvios de função, ao sistema de
monitoramento da fila (GAT) e à representação sindical nos locais
de trabalho, entre outras.

O movimento sindical denunciou que
alguns locais estão descumprindo o previsto no projeto, em especial
no que diz respeito à utilização de cartão nível 3 por todos os
caixas e ao não pagamento de horas extras, e reivindicou que, para
tornar mais atrativo para os funcionários o encarreiramento nessas
plataformas, são indispensáveis a valorização salarial dos
gerentes de serviços e o reconhecimento do caixa executivo como
comissionado com VR compatível com outros bancos públicos.

As
discussões sobre o assunto serão retomadas nas próximas
negociações. Ainda estão previstas mais duas reuniões da mesa
permanente para o mês de março.

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