Caixa completa 151 anos e bancários exigem valorização

A Caixa Econômica
Federal completa 151 anos de existência nesta quinta-feira, dia 12.
Fundado em 1861, o banco protagonizou, ao longo de sua história, uma
série de transformações que ajudaram a fazer do Brasil um país
mais forte e com mais justiça social. E os empregados sempre
estiveram na linha de frente destas mudanças.


“Mais do que
bancários, somos agentes sociais de transformação do país”,
afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, que é empregada
da Caixa. “Todos os funcionários estão de parabéns. Nós atuamos
diretamente com a população mais carente e, graças à nossa
sensibilidade, ajudamos a construir este banco que é hoje referência
para as instituições financeiras estatais de todo o mundo”,
comenta Jaqueline.


Para a secretária de Comunicação do
Sindicato, Anabele Silva, os empregados da Caixa merecem todas as
homenagens. “Estamos de parabéns, pois nós é que fazemos da
Caixa um grande banco. É uma pena que a diretoria da instituição
não valorize seus empregados como deve. Temos diversos problemas,
que já poderiam ter sido solucionados, principalmente no que se
refere aos salários e às condições de trabalho e de saúde”,
destaca Anabele.


Entre os problemas, Anabele ressalta a falta
de funcionários, que tem sobrecarregado os bancários de trabalho.
“Hoje, somos 85.682 empregados na Caixa. Para atender a demanda de
serviços, o banco precisaria ter, no mínimo, 100 mil trabalhadores.
E a situação só não é pior porque os sindicatos conseguiram, com
muita pressão, garantir mais contratações nas últimas campanhas
salariais”, afirma Anabele.


Segundo a diretora do Sindicato, Daniella Almeida, além da
sobrecarga, faltam condições de trabalho e sobram metas abusivas e
assédio moral. “Tudo isso tem gerado muitas horas extras que, às
vezes, não são pagas. O estresse e a pressão desmedida dos
gestores também têm acabado com a saúde dos bancários, que cada
vez mais sofrem com doenças físicas e mentais”, diz
Daniella, destacando, também, a importância de melhorar o plano de cargos e salários.


Para o Sindicato, a elevação da importância da
Caixa como banco público a serviço do Brasil e dos brasileiros
precisa ser associada também a uma política de pessoal compatível
com o reconhecimento ao papel que a empresa cumpre no cenário
econômico e político do país.


Além de modernizar a
relação com seus empregados, para superação de problemas
decorrentes das dificuldades do momento, é necessário que a direção
da Caixa se volte ainda para a remoção de esqueletos remanescentes
do período em que a empresa esteve sob ameaça de desmonte. É o
caso do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Marcado
(CTVA), criado no governo do PSDB, nos anos 1990.


“Nós temos
orgulho de ser empregados da Caixa, de fazer do nosso trabalho um
instrumento que ajuda o Brasil e os brasileiros. Gostamos de servir o
nosso país, mas exigimos reconhecimento e trabalho decente”,
finaliza o diretor do Sindicato, Justiniano Júnior, também empregado da Caixa.

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