Ano começa com três assaltos a bancos em Pernambuco

Enquanto os bancos relutam em cumprir a legislação que garante mais segurança para bancários e clientes, as agências voltam a ser alvo da ação dos bandidos no Recife e no interior do Estado. No início da tarde desta quarta-feira, 11, o posto de atendimento do Bradesco que fica dentro da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) foi assaltado.

O ano mal começou e esta já é a terceira investida criminosa a instituições financeira em Pernambuco. A primeira ocorreu dois dias antes, na segunda-feira, na agência Derby do Banco do Brasil, localizada na Avenida Agamenon Magalhães. Em uma ação ousada três bandidos arrombaram um dos vidros da unidade, invadiram a agência e efetuaram o assalto.

Nesta quarta o crime aconteceu por volta das 13 horas, após três homens armados invadirem a Universidade, no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte do Recife. Enquanto um aguardava do lado de fora, outros dois entraram no posto e roubaram o dinheiro da agência, pertences dos cliente, arma e colete a prova de bala do vigilante.

No sábado, dia 9, o alvo havia sido uma unidade do Banco Popular (correspondente bancário do Banco do Brasil) localizada no Bairro de São Miguel, na periferia de Arcoverde, Sertão de Pernambuco. Em pleno final de semana a unidade estava em funcionamento quando, por volta das 13h30, dois homens chegaram ao local, renderam a atendente de caixa e levaram a quantia de R$ 15 mil.

Nos dois primeiros casos o Sindicato foi até o local para garantir que as unidades permanecessem fechadas e que os trabalhadores recebessem assistência necessária. No Bradesco, o secretário de Saúde do Sindicato, João Rufino, conversou com a diretoria regional do banco, que já havia liberado os funcionários após o assalto. No dia seguinte todos os trabalhadores receberam assistência psicológica.

Já no Banco do Brasil, além do fechamento da unidade durante todo o restante do expediente, a assistencia psicológica foi prestada no mesmo dia. Os diretores Paulo Henrique, João Rufino e Veruska Ramos estiveram no local pouco depois da investida criminosa e acompanharam o caso.

Descaso – Segundo João Rufino, a falta de equipamentos de segurança é o elo em comum nos três casos. “No próximo dia 15 vence o prazo estalecido pela justiça para que os bancos cumpram o que determina a lei de segurança bancária. Vale destacar que essa lei já deveria estar vigorando no Recife desde o ano passado. Até agora nenhum banco se adequou. Se o Bradesco e o BB estivessem com os itens de segurança que estabelece a legislação, ações como estas não teriam acontecido”, comenta o dirigente.

Quanto ao correspondente do Banco do Brasil em Arcoverde, Rufino acredita que a situação é muito mais grave. “Se nas agências bancárias o descaso com a segurança já é gritante, imagine nesses correspondentes, que além da insegurança ainda precarizam o trabalho que deveria ser efetuado por um bancário, com todos os direito garantidos em nossa convenção coletiva”, conclui.

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