O ministro Aloizio Mercadante veio ao Recife nesta quinta-feira (5) para trazer ao Estado um dos datacenters
para computação em nuvem da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
Ele aproveitou para conhecer as instalações da sede do Porto Digital e
alguns cases de empresas locais embarcadas no Porto. Ele também comentou
que Pernambuco é um dos candidatos a receber a primeira fábrica de
displays do País.
Mercadante disse que outros cinco Estados também competem para
receber a fábrica, mas que o processo produtivo final deverá incluir
diversas regiões do País. “São diversos fatores de infra-estrutura, como
banda larga robusta, aeroporto internacional, mão-de-obra, e também de
meio ambiente”, colocou. Esse conjunto de investimento vai representar
um “salto grande” para o desenvolvimento da indústria nacional de
tecnologia.
O ministro explicou que a diretriz do Governo de agora em diante é
exigir mais investimento para desenvolvimento de conteúdo local, como
peças e componentes. “Não queremos apenas montar aparelhos, mas sim
produzir. Queremos engenharia. Sobre o tão alardeado “Natal dos
tablets”, com promessas de redução no preço dos aparelhos, que não
chegou a acontecer, ele discordou. Disse que as empresas Samsung,
Motorola, Semp-Toshiba, RIM, Bravox e Positivo tiveram decréscimo no
preço. No entanto, apenas esta última empresa apresentou ao mercado
produto com uma real queda no valor.
Já os iPhones feitos na fábrica da Foxconn, em Jundiaí devem chegar
às lojas ainda este ano. “Os empresários prometeram até o Natal, mas não
aconteceu”, disse.
Com o forte rumor de que entregará a pasta para assumir o ministério
da Educação, ele fez um balanço de sua passagem pelo cargo. “Nunca a
Ciência e Tecnologia foi tão disputada entre os partidos. Isso só mostra
o quanto nosso trabalho foi bem recebido, com boas avaliações na Câmara
e no Senado”. Aproveitou para lembrar que o ministério teve o maior
número de emendas aprovadas e um aumento de 54% na liberação de crédito.
Este ano terá o maior orçamento relativo dentro do Governo. “Temos que
aproveitar esse momento de liderança global e não acomodar. Vamos
fomentar e desenvolver a indústria de tecnologia aproveitando as
condições favoráveis”.