Considera-se somente os reajustes salariais das unidades de negociação com registro em todos os anos das série
Levantamento preliminar do Dieese, com base nos acordos coletivos já
fechados pelos sindicatos no Brasil, revela que o aumento real médio das
categorias em 2011
tende a ficar em torno de 1,36%. Esse percentual é fruto do ganho médio
de 1,33% no primeiro semestre e de 1,49% no segundo semestre.
Os dados do Dieese mostram que a alta da inflação, o agravamento da
crise europeia e a desaceleração da economia brasileira não impediram os
trabalhadore de conquistarem ganhos salariais acima da inflação, a
exemplo dos anos anteriores.
O Dieese calculou o aumento real médio negociado em cerca de 40 acordos e
convenções coletivas de trabalho feitas de setembro a novembro em todo o
País. A pesquisa incluiu as negociações comandadas por sindicatos fortes como bancários, metalúrgicos, químicos e petroleiros, dentre outros.
Os bancários obtiveram ganho real pelo oitavo ano consecutivo,
arrancando 1,5% no reajuste e 4,3% no piso após 21 dias de greve
nacional.
Segundo dados do Dieese, o aumento real de 2011 supera os dos anos de
2008 e 2009, quando a média foi de 0,86% e 0,77%, respectivamente. Os
números deste ano somente ficam abaixo de 2010, que foi um ano
diferente. A média atingiu 1,66%.