Última semana para aderir ao abaixo-assinado para PLR sem imposto de renda

Termina no próximo domingo, dia 20, a campanha dos bancários, químicos e metalúrgicos pela isenção do Imposto de Renda na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O abaixo-assinado será encaminhado ao Congresso Nacional e ao Governo Federal e visa corrigir uma das muitas distorções do sistema tributário brasileiro, que favorece as empresas em detrimento dos trabalhadores.

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“Hoje, os trabalhadores pagam Imposto de Renda sobre a PLR, mas os acionistas ficam isentos quando recebem seus dividendos. Isso é muito injusto, porque nosso sistema tributário favorece os mais ricos, enquanto penaliza os mais pobres. Precisamos de uma reforma que inverta essa lógica e este abaixo-assinado vem ao encontro das mudanças que o Sindicato sempre defendeu para a cobrança de impostos no Brasil”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Como o sistema tributário brasileiro é regressivo, a carga de tributos recai de forma mais pedada sobre quem ganha menos, enquanto as grandes empresas contribuem com muito pouco. Para o Sindicato, uma reforma tributária justa teria de inverter essa lógica regressiva com a adoção, entre outras medidas, de uma tabela progressiva de IR como instrumento de distribuição de renda. “Por isso é importante que todos os bancários participem deste abaixo-assinado”, ressalta Jaqueline.

Injustiça – Os bancos, que têm lucros astronômicos, pagam menos impostos que a classe trabalhadora brasileira. A constatação faz parte de relatório do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), lançado em agosto deste ano. O estudo mostra que em 2009, enquanto os trabalhadores contribuíram com 10,68% da carga tributária, as instituições financeiras arcaram com apenas 3,02% da arrecadação do país. De acordo com o relatório, o sistema tributário brasileiro “tem sido um instrumento a favor da concentração de renda”, que agrava o ônus fiscal dos mais pobres e alivia o das classes mais ricas.

Ainda segundo o Sindifisco, entre agosto de 2010 e setembro deste ano, as pessoas físicas pagaram um total de R$ 89,9 bilhões, entre IR e valores retidos na fonte como rendimentos do trabalho. Já os bancos contribuíram com apenas R$ 37,2 bilhões, somados os pagamentos da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, do PIS/Pasep, Cofins e Imposto de Renda.  

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