A discussão do espaço urbano da capital pernambucana é o tema deste ano
do festival Janela Internacional de Cinema do Recife, que acontece nos
cines São Luiz e da Fundação Joaquim Nabuco até o próximo domingo (13).
Na segunda-feira (7), o festival transforma o prédio onde funcionou o
Cinema Trianon em uma tela, onde imagens da cidade e de outros filmes
serão exibidas, a partir do projetor instalado no Cine São Luiz.
Na terça-feira (8), os curtas Quarteto Simbólico, de Josias Teófilo; Eiffel, de Luiz Joaquim; Menino Aranha, de Mariana Lacerda; Praça
Walt Disney, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira; e o filme coletivo Projetotorresgêmeas abrem espaço para as discussões sobre o Recife. Um
debate está marcado com os realizadores Luiz Amorim e Milton Botler
para depois da sessão, que começa às 18h.
A filmografia do cineasta Stanley Kubrick também está sendo toda
revista. É uma oportunidade de ver os clássicos do diretor na grande
tela. Na segunda (7), o São Luiz recebe, às 21h15, “Glória de Sangue”
(1957), enquanto na terça (8), “Lolita” (1962) será exibido às 21h. Na
quinta (10), é a vez de “Nascido para Matar” (1987).
O filme “Histórias que só existem quando contadas”, estreia da diretora
Julia Murat na ficção, vai ser exibido na quarta (9), às 19h10. O longa
conta com uma carreira de sucesso, tendo passado por festivais em
Veneza, Toronto e San Sebastian, na Espanha, onde recebeu menção
honrosa, além do Festival do Rio e da Mostra Internacional de São Paulo.
Após a exibição, a realizadora vai participar de uma conversa com o
público.
Depois do longa de Murat, às 21h30, é a vez do “As Hiper Mulheres”,
dirigido pelo antropólogo e cineasta Carlos Fausto, pelo documentarista
Leonardo Sette e pelo curtametragista e índigena do Alto Xingu Takumã
Kuikuro. O filme gira em torno do ritual feminino Jamurikumalu, do Alto
Xingu.
Outro destaque da programação é o longa “Eu receberia as piores
notícias de seus lindos lábios”, do diretor brasileiro Beto Brant, na
quinta (10), às 21h, no Cine São Luiz. A produção é uma adaptação do
romance homônimo do escritor Marçal Aquino, sétimo roteiro em parceria
da dupla, e tem como cenário uma cidade de garimpo no Pará. O filme
conta a história de amor entre o fotógrafo Cauby (Gustavo Machado) e a
instável Lavínia (Camila Pitanga), uma mulher que é casada com o líder
religioso local (vivido por Zé Carlos Machado).
O Janelinha, parte da mostra voltado para o público de 8 a 12 anos, não
pôde ser exibido no domingo (6), devido a um problema de energia no
Cinema São Luiz, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. O
programa foi transferido para o domingo (13), às 10h30. Na sessão, serão
exibidos seis curtas dedicados às crianças com destaque para o filme
sueco ‘Las Palmas’, do diretor Alla Kovgan.
Os ingressos para os curtas-metragens tem preço fixo de R$ 1. Para os
longas, o preço é de R$ 4 (inteira) no Cine São Luiz e R$ 8 (inteira) no
Cinema da Fundação. A programação completa está disponível no site do festival.