Os bancários e o BNB
se reuniram nesta quarta-feira, dia 21, para a instalação da mesa
temática sobre previdência e a discussão dos relatórios das
comissões paritárias que trataram da CAMED e da revisão do PCR.
Essa mesa irá focar os debates iniciais sobre a CAPEF, buscando
soluções para o plano BD e a otimização do Plano CVI.
Segundo
o diretor do Sindicato, Alan Patrício, que representa os bancários
de Pernambuco na Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, os
debates sobre a previdência terão início no próximo dia 3 de
outubro. “Esperamos garantir os avanços que os bancários precisam
durante as discussões com o banco. Combinamos com a empresa de
apresentar um relatório preliminar sobre a mesa temática 30 dias
após o início dos debates”, explica Alan.
A reunião desta
quarta foi a primeira na esfera decisória, envolvendo a
representação política dos trabalhadores e a direção da empresa
e apresentou alguns avanços.
No âmbito da CAMED, o banco se
comprometeu a encaminhar nesta quinta-feira para o Comando Nacional
dos Bancários um estudo contendo respostas para todas as sugestões
e reivindicações apresentadas no relatório da comissão paritária.
Veja algumas das respostas do banco:
– Encaminhar para
análise e deliberação do Conselho Deliberativo da CAMED proposta
de adequação entre a sinistralidade e a contribuição dos
associados;
– Rever a política comercial da CAMED,
transferindo todas as receitas de seguro da Corretora para os planos
de autogestão;
– Suspender os reajustes automáticos de
janeiro e efetivá-los apenas após estudo atuarial com a
participação do Banco e das Entidades;
– Congelamento do
valor da proteção financeira hoje fixada em R$ 1.500, variando
apenas a contribuição para garantir essa proteção;
–
Recriação do Fundo de Assistência Médica (FAM) após estudo para
identificar fontes de recursos e formas de repasse à CAMED;
–
Realizar estudo para implementação de piso para contribuição da
CAMED, ficando a complementação que for necessária sob a
responsabilidade do Banco.
PCR – A proposta de Comissão
Paritária do PCR irá analisar as divergências sobre a questão do
salário de ingresso que os representantes da empresa insistem em
manter em R$ 1.600,00, enquanto os representantes dos trabalhadores
reivindicam que seja de R$ 1.637,00 (mesmo valor estipulado pela
Caixa após 3 meses do estágio probatório) e o percentual de
promoção que os representantes dos trabalhadores querem manter em
4% e o Banco propõe reduzir para 3%.
Os consensos ficaram por
conta da redução do tempo de promoção de 2 para 1 ano por
merecimento e de 3 para 2 anos por tempo de serviço, promoção
automática de 3% para todos os funcionários, retroativa a 1º de
fevereiro de 2011 e a elevação dos atuais 18 para 27 níveis de
promoção em cada uma das carreiras que compõem o atual plano.
O
Comando Nacional trouxe à mesa a reivindicação dos Assistentes
Bancários no sentido de sua migração para a carreira de Analista
Bancário. O banco ficou de analisar a proposta do ponto de vista
legal.
Via crucis – Apesar dos avanços na Comissão
Paritária do PCR, o Comando Nacional alerta os funcionários de que
vai ser preciso muita pressão para que a revisão do PCR seja de
fato efetivada. E que a aprovação final terá que percorrer a via
crucis que começa pela diretoria do BNB e vai até o DEST, passando
pelo Conselho de Administração e Ministério da Fazenda.
O
Comando Nacional conseguiu do banco o compromisso de até o final de
outubro concluir o processo de avaliação e aprovação interna, de
forma a ser encaminhado para o DEST no início de novembro de 2011.
Em outubro, o Comando Nacional estará divulgando com
detalhes e debatendo a proposta de revisão do PCR com a base do
funcionalismo, através de cada sindicato. Essa fase do processo tem
como objetivo dotar todos os funcionários de informações
necessárias para tomada de posição em assembleia, que irá
deliberar sobre acordo de revisão, quando este estiver devidamente
autorizado pelos órgãos controladores do banco.