Presidenta Dilma diz na ONU que crise atinge mais as mulheres

A presidenta Dilma Rousseff disse na
segunda-feira (19), em Nova York, que as respostas equivocadas dadas
por alguns países à crise mundial podem agravar a situação das
mulheres em todo mundo. Dilma não detalhou que medidas considera
equivocadas, mas ressaltou que a pobreza no Brasil atinge mais as
mulheres.

“Apesar de alguns avanços notáveis, a
desigualdade permanece em pleno século 21. São as mulheres que mais
sofrem com a pobreza extrema, com o analfabetismo, com as falhas do
sistema de saúde, com os conflitos e com a violência sexual. Em
geral, as mulheres recebem salários menores pela mesma atividade
profissional e têm presença reduzida nas principais instâncias
decisórias”, disse Dilma durante o Colóquio de Alto Nível
sobre a Participação Política de Mulheres, diálogo promovido pela
ONU Mulher, agência das Nações Unidas dedicada à mulher.

“A
crise econômica e as respostas equivocadas a ela podem agravar esse
cenário, intensificando a feminização de pobreza”, destacou a
presidenta. Por isso, combater as consequências e também as causas
da crise é essencial para o empoderamento das mulheres”,
ressaltou a presidenta.

Dilma enfatizou que seu governo tem se
esforçado para mudar o cenário de desvantagem da mulher no Brasil.
“Tenho me esforçado para ampliar a participação feminina nos
espaços decisórios. Dez ministérios do meu governo são comandados
por mulheres. Em especial, quero enfatizar que o núcleo central do
meu governo é constituído por mulheres ministras. O Brasil criou,
em nível ministerial, a Secretaria de Políticas para Mulheres, cujo
objetivo é incorporar a perspectiva de gênero em todas as políticas
públicas”, destacou a presidenta.

Ela reconheceu, no
entanto, que ainda há muito o que fazer para o país chegar a uma
situação igualitária entre homens e mulheres nas instâncias de
poder. “Fui eleita presidenta do Brasil 121 anos depois da
proclamação da República e 78 anos depois da conquista do voto
feminino. Somos 52% dos eleitores, mas apenas 10% do Congresso
Nacional”, disse a presidenta.

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