A economia brasileira voltou a crescer em julho,
depois da queda registrada na atividade no mês anterior. Segundo o
indicador do Banco Central que “antecipa” o comportamento
do PIB (Produto Interno Bruto), a economia cresceu 0,46% em relação
a junho, maior percentual em seis meses.
De acordo com a
divulgação do BC nesta quarta-feira (14), o IBC-Br (Índice de
Atividade do BC) também mostrou crescimento de 3,37% na comparação
com o mesmo período do ano passado, acima dos 3,08% verificados em
junho.
Se o ano terminasse em julho, a economia teria
crescido 4,52% nos últimos 12 meses.
Revisão – A
presidente Dilma Rousseff confirmou na manhã desta quarta-feira, ao
falar com a imprensa, que o governo reavaliou a previsão de
crescimento da economia abaixo da projeção oficial de 4,5%. Segundo
Dilma, o governo vai “fazer um esforço para chegar a 4%, 4 e
pouco”.
Reportagem da Folha mostrou recentemente que a
equipe econômica estimava um crescimento menor, em torno de
3,7%, por causa das incertezas na economia internacional.
Segundo
a presidente, revisões, para cima ou para baixo, “são
absolutamente normais”. “Nós contamos com o último
trimestre para dar um ressurgimento”, disse ela, ao comentar o
desempenho da economia nos primeiros trimestres do ano e o impacto
deles no PIB (Produto Interno Bruto).
Dilma afirmou que o
governo está com “quase todos os seus programas em ritmo de
cruzeiro” e que os investimentos do governo federal irão
diminuir o impacto da crise na economia interna.
Perguntada
sobre o perigo do desaquecimento da economia, Dilma disse que “não
assusta”. “O desaquecimento ou o superaquecimento, seja
qualquer um dos dois, nós temos que ficar sempre alertas, porque
queremos o Brasil crescendo a taxas que sejam compatíveis para nossa
economia, que levem em conta a inflação e a necessidade de criação
de emprego”.
Ela citou as políticas de redução de
impostos como medidas de fortalecimento da renda e de melhoria do
consumo. “Nós não temos um quadro de restrição do consumo no
Brasil”, afirmou, citando ainda o “crédito
pujante”,ampliado por outras medidas governamentais.
Ao
falar da crise internacional, Dilma disse que “é impossível
que o Brasil tenha o tipo de crise similar ao que está acontecendo
nos EUA e na zona do Euro”. “Não temos no Brasil nenhum
princípio [como os] que estão regendo as economias desenvolvidas,
que é recessão, recessão, recessão. Aqui queremos crescimento,
crescimento, crescimento”.
E voltou a dizer que o
problema da economia mundial não é a falta de recursos, mas “a
falta de decisão política para investir”.