Brasil tem maior aumento de investimento em educação entre 30 países

O Brasil registrou o maior aumento no
investimento por aluno em educação da educação infantil ao ensino
médio, segundo relatório da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE). O estudo divulgado nesta
terça-feira (13) analisa dados de 30 países e mostra que houve
aumento de 121% no Brasil.

O estudo incluiu os países
associados à OCDE, o que inclui nações desenvolvidas. Pela
primeira vez, Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia e África do
Sul foram incluídas.

O levantamento menciona 36 países,
mas não há dados disponíveis de todos eles para cada um dos
recortes analisados.

Em comparação ao Produto Interno Bruto
(PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país durante um
ano, o Brasil também apresentou maior alta proporcional entre as
nações estudadas no período. Instituições educacionais recebiam
o equivalente a 3,5% do PIB em 2000. Oito anos depois, o valor
alcançava 5,3%, elevação de 1,8 ponto percentual.

Nesse
caso, uma proporção inferior a 5,9% do PIB é considerado o patamar
inferior à média dos estados pertencentes à OCDE. Outro dado
revelado é que, no caso do ensino superior, o aumento de 48% do
investimento foi menor do que o crescimento da quantidade de alunos.
Assim, a relação entre despesas e número de alunos teve redução
de 6%.

Ainda assim, segundo a OCDE, os dados mostram que o
Brasil tem colocado a educação como prioridade nas despesas
públicas. No total, as despesas com educação passaram 10,5% para
17,4% do total do orçamento estatal. É a terceira maior proporção
encontrada no estudo, atrás apenas do México e da Nova
Zelândia.

Outro avanço diz respeito ao número de pessoas de
25 a 64 anos que não completaram o segundo ciclo da educação
secundária (equivalente ao atual ensino médio). Em 2007, eram 63%
os que se encontravam nessa condição. Três anos depois, a parcela
caiu para 59%.

Emprego – Entre
os jovens de 15 a 29 anos que não estão matriculados e já possuem
graduação de ensino superior, há 6,2% de desemprego. O resultado
indica que um nível educacional maior torna os jovens menos
vulneráveis à ficar sem trabalho. O oposto também vale, segundo o
relatório: “A falta do ensino médio é um sério impedimento
para encontrar um trabalho”.

No Brasil, quem tem diploma
de nível superior ganha 156% a mais do que pessoas que alcançaram
apenas o ensino médio. Em média, os países associados à OCDE
apresentam remunerações 50% maiores.

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