Caixa se compromete a apresentar proposta no dia 21

Os bancários e a Caixa
reuniram-se nesta terça-feira, dia 13, para terceira rodada de
negociação específica dos empregados. No centro da mesa de debates
estiveram três pontos principais: carreira, jornada de seis horas e
isonomia. Os representantes dos trabalhadores e do banco ficaram de
se reunir novamente no próximo dia 21, quarta-feira, em Brasília,
quando a Caixa apresentará sua contraproposta para as reivindicações
dos funcionários.

Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline
Mello, as negociações específicas com a Caixa entraram na reta
final após a reunião desta terça. “Depois de três rodadas de
negociação, terminamos de debater todos os pontos da nossa pauta de
reivindicações. Agora, vamos aguardar a reunião da semana que vem
para ver se a Caixa vai atender as nossas demandas ou se teremos de
ampliar a mobilização para pressionar o banco”, diz
Jaqueline.

Durante as negociações desta terça, os
representantes dos bancários cobraram da Caixa que até 2012 o banco
atinja o quadro de 100 mil empregados. A empresa reconheceu que houve
aumento da demanda de trabalho, mas relega novas contratações à
autorização de órgãos controladores.

Carreira – Os
representantes dos bancários também reivindicaram transparência no
Processo Seletivo Interno (PSI), dando mais peso aos critérios
objetivos. A Caixa se dispôs a fazer um debate com técnicos na área
para pontuar os problemas e avançar na proposta. Os bancários
reivindicaram ainda a criação de cargos específicos na área de
tecnologia da informação.

“Aproveitamos a negociação e
cobramos da Caixa o fim das discriminações contra os bancários que
não saldaram o REG/Replan, que hoje não podem, por exemplo, aderir
à tabela salarial unificada do PCS de 2008 e ainda foram excluídos
do Plano de Funções Gratificados de 2010. Também exigimos o fim do
poder arbitrário dos gestores para destituir os empregados de suas
funções”, explica Jaqueline.

A Caixa sinalizou que está
estudando as reivindicações dos bancários para apresentar sua
contraproposta na semana que vem.

Jornada – A jornada de seis
horas esteve também na mesa de debates e foi negada pela Caixa.
Atualmente, o banco desrespeita a jornada diferenciada dos bancários,
impondo oito horas de trabalhos diários aos gerentes, chefes de
unidade e técnicos.

“Por isso reafirmamos que todos os
bancários devem registrar sua jornada, resistindo a qualquer tipo de
pressão para burlar o ponto eletrônico. Se houver ameaças por
parte do banco, procure o Sindicato para que a gente possa tomar as
medidas cabíveis”, ressalta Jaqueline, que é empregada da
Caixa.

Em relação à jornada de trabalho foi pautado ainda o
fim das horas negativas no Sipon.

Isonomia – A isonomia de
direitos entre novos e antigos empregados com extensão da licença
prêmio e normatização dos pontos já conquistados no Acordo
Coletivo de Trabalho (ACT) foi outra reivindicação dos
bancários.

Desde 1998, quando o governo FHC retirou uma série
de direitos dos bancários dos bancos públicos, os empregados da
Caixa avançaram em vários itens da isonomia, como a ausência
permitida por interesse particular, parcelamento da devolução do
adiantamento das férias, plano de saúde e nova tabela do PCS.

Ainda resta avançar na licença prêmio e em relação aos
adicionais de tempo de serviço. Na negociação desta terça, a
Caixa foi categórica em dizer que não será possível conceder a
isonomia neste itens. “Mas vamos continuar pressionando o banco”,
garante Jaqueline.

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